Suplicy elogia negociação entre governo colombiano e Farcs



O senador Eduardo Suplicy apresentou, nesta terça-feira (28), voto de aplauso ao presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, por ter retomado as negociações com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farcs) e com o Exército da Libertação Nacional (ELN), visando à obtenção de um acordo de paz.

– Trata-se de uma notícia extremamente alvissareira e há muito esperada – comemorou.

Suplicy explicou que a luta armada na Colômbia existe desde 1948, mas acentuou-se nas últimas duas décadas, opondo, de um lado, as Farcs e o ELN e, do outro, o Exército colombiano e grupos paramilitares.

O senador ressaltou que a violência na Colômbia afeta toda a América do Sul e disse que o país possui o maior número de sindicalistas assassinados no mundo. Ele citou dados que também mostram o elevado número de assassinatos de estudantes, civis e advogados no país.

– Nos últimos vinte anos, morreram mais de 70 mil pessoas, a maioria civis, como consequência das hostilidades. Ademais, a Colômbia tem cerca de 3,5 milhões de refugiados internos, superando o Sudão nessa triste estatística – destacou.

Suplicy lembrou que outros governos do país já tentaram negociar com as Farcs e o ELN, mas não obtiveram sucesso. Ele afirmou que o conflito interno colombiano não pode ser extinto somente com a força das armas.

– Salientamos que o Brasil tem interesse estratégico no arrefecimento da tensão daquele país. Além dos laços de amizade que une Brasil e Colômbia, deve ser considerado o fato que temos grande fronteira com esse vizinho – afirmou.

Em carta enviada a Juan Manuel Santos, o senador afirmou que é muito importante para toda a América Latina que, na Colômbia, se realize um esforço definitivo para aplicação dos princípios de justiça. Ele sugeriu, como parte desse esforço, a instituição de uma renda básica de cidadania para os colombianos.



28/08/2012

Agência Senado


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