Suplicy lamenta que Lula não tenha comparecido ao velório de Celso Furtado
Ao apresentar suas condolências à família e aos amigos de Celso Furtado, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) lamentou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tenha comparecido ao funeral do economista. Para ele, algum assessor levantou a hipótese de que o presidente poderia enfrentar manifestações de protesto pela demissão de Carlos Lessa, um dos discípulos de Furtado.
- Eu teria recomendado que o presidente Lula fosse ao velório. Tenho certeza de que teria sido respeitado pelos presentes. Sei que Lula tinha grande admiração por Celso Furtado e sua ida ao funeral teria sido uma homenagem apropriada a esse grande brasileiro - disse.
Suplicy lembrou que Lula, e vários de seus ministros, foram ao velório do jornalista Roberto Marinho, no ano passado, por entender que ele havia sido um homem importante para a história do Brasil. Da mesma forma, acrescentou, o presidente deveria ter comparecido ao funeral de Celso Furtado, um brasileiro de relevância internacional.
O senador por São Paulo manifestou sua esperança de que a morte de Celso Furtado represente "um acender de luzes" para o ministro Antonio Palocci, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e demais membros do Comitê de Política Monetária (Copom), mostrando ser possível compatibilizar o combate à inflação com o desenvolvimento da economia e a criação de empregos.
Para Suplicy, a maior homenagem que o presidente Lula poderia fazer a Celso Furtado seria direcionar a política econômica do governo conforme as orientações preconizadas pelo economista de ênfase na ética de procedimentos governamentais e de combate às desigualdades regionais e sociais.
O senador ainda fez questão de ler mensagem que recebeu de Amartya Sen, prêmio Nobel de Economia, em que ele lamenta o falecimento de Celso Furtado e a perda, para o Brasil e para o mundo, de "um economista visionário, um líder das idéias e uma pessoa humana maravilhosa".
22/11/2004
Agência Senado
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