Suplicy pede bom senso em julgamento de processo contra Emir Sader



Em discurso no Plenário nesta quinta-feira (14), o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) pediu bom senso aos desembargadores que julgarão na sexta-feira (15), em segunda instância, o processo movido pelo ex-senador Jorge Bornhausen (DEM-SC) contra o professor Emir Sader.

O professor foi condenado por injúria, em primeira instância, a um ano de prisão e à perda do cargo que exerce na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) por ter publicado um artigo em que critica frase de Bornhausen. O ex-senador teria dito à imprensa, referindo-se aos escândalos envolvendo o governo no ano passado: "A gente vai se ver livre desta raça por, pelo menos, trinta anos". Emir Sader considerou a frase racista.

- A pena é contra a liberdade de imprensa. Conheço o professor Emir Sader e peço que os desembargadores tenham amanhã uma decisão de bom senso em favor do professor, propondo que as partes possam chegar a um termo de conciliação - disse Suplicy.

O senador considerou excessiva a pena imposta ao professor Emir Sader, por ser igual à destinada a traficantes. Suplicy acredita ainda que um professor universitário não deveria ser condenado por expressar opinião.

O parlamentar destacou que diversos intelectuais vêm-se manifestando em favor de Emir Sader. Suplicy disse que, como senador do PT, também considerou o comentário de Bornhausen "inaceitável" e chegou a expressar essa opinião ao colega.



14/06/2007

Agência Senado


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