Suplicy lê manifesto de apoio a Emir Sader
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) fez um apelo à Justiça brasileira pela revisão da sentença do juiz Rodrigo César Muller Valente, da 22ª Vara Criminal de São Paulo, que condenou o professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) Emir Sader, também colunista da agência Carta Maior, em processo por injúria movido pelo senador Jorge Bornhausen (PFL-SC). Ainda passível de recurso, a condenação de Sader foi a um ano de detenção em regime aberto, conversível em prestação de serviços à comunidade, e à perda do cargo de professor na Uerj.
Além de ler em Plenário o "Manifesto em Solidariedade a Emir Sader", Suplicy registrou seu apoio ao documento, cujo teor considerou equilibrado. O senador informou que as adesões ao manifesto, que já reúne mais de 11 mil assinaturas, podem ser feitas pelo seguinte endereço eletrônico: www.petitiononline.com/emir/petition.html.
Ainda ao comentar o episódio, Suplicy admitiu ter-se sentido atingido por críticas ao PT e a seus integrantes feitas em Plenário pelo senador Bornhausen. Segundo o petista, o presidente nacional do PFL tentou explicar o sentido exato de suas palavras em artigo no jornal Folha de S. Paulo, embora não tenha retirado as críticas. As reservas de Suplicy também alcançaram os termos usados pelo colunista Emir Sader no artigo da Carta Maior - que motivou o processo judicial e a sua condenação - em que respondia às críticas de Bornhausen.
Em aparte, o senador Heráclito Fortes (PFL-PI) propôs que a polêmica em torno do episódio fosse encerrada com uma reparação de Sader. Já os senadores petistas Fátima Cleide (RO) e Roberto Saturnino (RJ) expressaram sua solidariedade ao professor da Uerj.07/11/2006
Agência Senado
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