Suplicy pede que o PT seja generoso com Heloísa Helena
Ao destacar que a aprovação da reforma da Previdência simboliza um primeiro passo que o governo Luiz Inácio Lula da Silva dá em direção ao objetivo de promover as mudanças necessárias ao país, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) lamentou que a votação em primeiro turno da matéria no Senado tenha provocado divergências na bancada petista. Neste sentido, ele pediu que o Partido dos Trabalhadores seja generoso ao julgar a senadora Heloísa Helena (PT-AL), pelo seu voto contrário à reforma, em reunião marcada para este final de semana. A sugestão de Suplicy é que, ao invés da expulsão do partido, a senadora seja punida com uma suspensão de seis meses. Como Heloísa Helena está afastada da bancada petista desde junho último, a punição encerraria em dezembro, em tempo de a senadora disputar as prévias do PT para a escolha do candidato do partido que disputará as eleições para a Prefeitura de Maceió, capital de Alagoas. - O próprio presidente Lula me disse que gostaria de ver Heloísa Helena assumir uma prefeitura ou um governo de estado para compreender como é difícil a responsabilidade de governar. Então, a melhor solução seria permitir que ela possa ser a candidata do PT à Prefeitura de Maceió. Quem sabe o povo a elege e ela vai ver como é mesmo difícil administrar - afirmou Suplicy. Ao pedir que o presidente da República seja generoso com relação ao caso Heloísa Helena, Suplicy lembrou que o próprio Lula sugeriu que o PT suspendesse Luiza Erundina por um ano, ao invés de expulsar, quando ela aceitou um ministério no governo Itamar Franco. O senador também lembrou que desde o início do seu governo Lula deu demonstrações de generosidade ao tentar um aproximação entre os presidentes George Bush e Hugo Chavez, entre árabes e palestinos e entre o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe e os líderes do grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
ONU Suplicy também comunicou que a Organização das Nações Unidas (ONU), em celebração ao Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos, premiou o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, morto em ataque suicida à sede da ONU no Iraque, e outras 24 instituições e personalidades com o Prêmio Direitos Humanos.
10/12/2003
Agência Senado
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