Suplicy pretende que FHC esclareça se viu a lista e por que demitiu Chico Lopes
Suplicy considera improvável que Fernando Henrique não tivesse recebido de seu então líder no Senado, José Roberto Arruda, relato do que ocorrera em 27 e 28 de junho de 2000: a violação do painel eletrônico do Senado e a extração de uma lista com a identificação dos votos a favor e contra a cassação de Estevão.
"Também é de senso comum a suposição de que o presidente do Senado à época, eleito e reeleito com o apoio de toda a base de sustentação do governo, e que naquela data ainda mantinha relação amistosa com Vossa Excelência lhe relataria o conteúdo daquela conversa", diz Suplicy em sua carta, referindo-se ao encontro em que Arruda entregou a lista a Antonio Carlos.
Em breve comunicação de liderança feita após o discurso do senador petista, o líder do governo, senador Romero Jucá (PSDB-RR) disse que o presidente não tomou conhecimento da lista nem tratou do assunto com ninguém.
- Os senadores Antonio Carlos e Arruda deixaram claro no Conselho de Ética que não comentaram sobre a lista com o presidente - disse Jucá.
Com relação à saída de Chico Lopes, em março de 1999, depois da desvalorização do real, Suplicy considera que houve significativa mudança de posição do governo. À época, Lopes foi elogiado pelo ministro da Fazenda, Pedro Malan, que agora tem expressado conceito diferente sobre o ex-presidente do BC. Segundo Jucá, o governo não tem nada a esconder sobre a demissão de Lopes. Ele lembrou que nesta quinta-feira (dia 31) o ministro Pedro Malan fala sobre ao assunto na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
30/05/2001
Agência Senado
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