Suplicy questiona restrição à opinião de diplomatas
O ministro explicou que o diplomata é um agente de Estado e, por escolha pessoal, assumiu os ônus e as responsabilidades da carreira. "O debate interno é necessário, mas é necessária a disciplina da palavra, que está sujeita à regra do interesse público. Quem escolheu ser um escafandrista não pode, depois, reclamar de claustrofobia", afirmou.
Lafer disse também que ninguém é obrigado a ser diplomata. "A vida de um diplomata envolve certos compromissos e responsabilidades". Ele comparou a situação do Itamaraty à do Banco Central, que também tem regras rígidas quanto a manifestações públicas de seus diretores. "A transparência é necessária, e eu sou o primeiro a defendê-la. A opinião pública tem direito a receber informações importantes, mas as opiniões pessoais requerem esse cuidado", acentuou.
Suplicy perguntou se não seria o caso de submeter a um plebiscito a decisão de integrar ou não o Brasil à Alca, a exemplo do que fez a Suíça em relação à inclusão daquele país ao Mercado Comum Europeu. Lafer respondeu que a democracia suíça envolve o uso amplo do referendo popular, tanto para as decisões de grande magnitude quanto para as mais simples, o que não é tradição no Brasil.
13/03/2001
Agência Senado
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