Suplicy se diz surpreso com pressões contra política externa



O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse nesta terça-feira (14) que tem observado -com surpresa e desagrado- o crescimento das pressões contra a política externa brasileira em grande parte dos meios de comunicação. Segundo ele, isso acontece -num momento crucial- das negociações para a criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) e -só contribui para minar a defesa dos interesses nacionais-.

- É de se lamentar que alguns dos integrantes do governo brasileiro tenham se deixado envolver por essa campanha. Os ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e o da Agricultura, bem como o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Otaviano Canuto, deveriam estar colocando suas observações de uma maneira construtiva de forma a fortalecer nossos negociadores e as diretrizes que vêm sendo emanadas pelo ministro das Relações Exteriores em perfeita consonância com o presidente Lula. Se tiverem divergências, que as manifestem dentro do governo - afirmou.

Suplicy disse que não há base para a afirmação de que os negociadores brasileiros estejam sendo rígidos ou intransigentes e que a proposta do Mercosul apresentada em Trinidad e Tobago, na última reunião da Alca, é bem flexível.

- Trata-se de documento público cuja íntegra estarei recebendo em breve e darei conhecimento a todos os integrantes da Comissão de Relações Exteriores - prometeu.



14/10/2003

Agência Senado


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