SUPLICY TEME QUE PARTICIPAÇÃO ESTRANGEIRA NA EMBRAER TENHA SUPERADO 40%



Alegando ser dever do Senado saber se está sendo desrespeitada decisão tomada pela Casa, o senador Eduardo Suplicy questionou hoje a compra do Banco Bozano Simonsen pelo Banco Santander, da Espanha. Como, junto com a Sistel e a Previ, o Bozano Simonsen detinha ações suficientes para que a Embraer permanecesse nacional, Suplicy teme que essa nacionalidade esteja agora ameaçada. Suplicy fez essa indagação durante a sessão plenária, e o presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, pediu que ele redigisse a solicitação, a fim de encaminhá-la ao exame da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. Conforme Suplicy, o edital de privatização da Embraer permitia a participação acionária estrangeira no limite máximo de 40%. E foi para não extrapolar esse limite que a maior parte das ações ficou com a Previ, a Sistel e o Bozano Simonsen.Lembrando que o futuro ministro da Defesa, Geraldo Quintão, já havia dado parecer favorável à cessão, pela Embraer, de 20% do seu controle acionário para grupos franceses, Suplicy agora teme que, com a venda do Bozano Simonsen para um banco espanhol, a empresa já esteja desnacionalizada. "Gostaria de alertar que constitui dever do Senado saber se está ou não havendo desrespeito àquilo que aprovamos", afirmou Suplicy.

20/01/2000

Agência Senado


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