Surdez do recém-nascido pode ser evitada



O deputado José Gomes protocolou projeto de lei que assegura aos recém-nascidos o direito de realizar a Triagem Auditiva Neonatal Universal. O exame é para avaliar a audição do bebê, imediatamente após o nascimento, nas maternidades e hospitais da rede estadual de saúde e, no máximo, até três meses de vida após a alta hospitalar. "A perda de audição neurossensorial é uma das anomalias mais freqüentes ao nascimento e, se não detectada, pode impedir o desenvolvimento da fala, linguagem e cognição", explica Gomes. A incidência da anomalia chega a atingir até três de mil recém-nascidos saudáveis. Em crianças na terapia intensiva neonatal, esse número sobe para quatro de cada mil bebês. Gomes esclarece que o rastreamento auditivo limitado aos bebês que apresentam fatores de risco é capaz de detectar apenas 50% dos casos de surdez. E, que em berçários de recém-nascidos normais ou alojamento conjunto a incidência da surdez é maior que outras patologias de rastreamento neonatal já incorporadas à rotina médica brasileira. "Contar com a observação clínica do médico e a suspeição por parte dos pais não é suficiente para detectar a surdez no primeiro ano de vida; por isso, essa triagem auditiva significa mais cuidado com a nossa criança, com o seu relacionamento afetivo e profissional futuro ", acrescenta.

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