Tarso quer se aproximar do PDT e PMDB no 2º turno









Tarso quer se aproximar do PDT e PMDB no 2º turno
O candidato do PT ao governo do Estado, Tarso Genro, defendeu ontem uma aproximação com o PDT e o PMDB no segundo turno das eleições deste ano. Em entrevista coletiva após a primeira reunião da coordenação de campanha, Tarso comentou que a saída do ex-governador Antônio Britto e de seu grupo do PMDB deixou o partido "com mais sobriedade".

O petista não negou as diferenças ideológicas entre as legendas, mas lembrou a origem de esquerda do PMDB, em função do extinto MDB, e destacou que o partido "está mais nítido" agora. Acrescentou, ainda, que há vários setores do PDT que estarão com o PT, caso José Fortunati não dispute o segundo turno.
Sobre o lançamento da candidatura Britto, avaliou que enriquecerá o processo eleitoral. "Britto foi sincero enquanto negava que concorreria e está sendo sincero hoje. Ele deve ter sido forçado a disputar pelo pequeno grupo que o acompanhou ao PPS. Partido que, aliás, foi ocupado por um grupo que nada tinha a ver com sua história", analisou.

Tarso ressaltou também que a boa colocação do ex-governador nas pesquisas de opinião se deve à alta exposição dele na mídia nos últimos 30 dias. Conforme o candidato, ainda há um desconhecimento das bases peemedebistas de que Britto não pertence mais aos quadros do partido. "Estranhamente, não foi publicada a simulação de segundo turno. Não sei se porque Britto ficaria magoado, mas é importante para nós sabermos", suspeitou.

Amanhã, Tarso inicia roteiro de campanha pelo interior do Estado. Começará a viagem pelo menor município gaúcho em número de habitantes, André da Rocha. "Se quero governar o Rio Grande do Sul, preciso estabelecer boas relações políticas com todos aqueles que têm poder direto", explicou, comentando o encontro que pretende manter com o prefeito da cidade, Ademir Zanotto (PPB).

O petista apresentou, ainda, detalhes de sua viagem pela Europa, onde manteve reuniões com o empresariado espanhol e com o presidente da Comissão Européia, Romano Prodi. "Devemos aprofundar nossa visão de relacionamento entre o Mercosul e a Europa. É importante", concluiu.


Vereadores do PDT e PTB consolidam a coligação
Ao contrário da crise estabelecida entre setores do PDT e do PTB, que dificultam a consolidação da Frente Trabalhista no Estado, as bancadas dos dois partidos na Câmara Municipal da Capital, aguardam com expectativa a decisão de união, que pode ser o primeiro passo para a fusão das siglas após a eleição. Atuando em sincronia desde de 2000, quando em Porto Alegre, PDT e PTB, assumiram a aliança que levou Alceu Collares ao segundo turno, os vereadores dos dois partidos vêm atuando em conjunto, formando o bloco trabalhista, um dos blocos político-partidários no Legislativo da Capital.

Para o líder do PDT, Isaac Ainhorn, o Bloco Trabalhista é uma prova de que a convivência e a parceria entre os dois partidos não só é possível, como é real. Ele lembrou que há muito defende a união do trabalhismo em torno de uma só sigla partidária e manifestou a sua satisfação pelas articulações feitas pelas direções nacionais do PDT e do PTB, empenhadas em concretizar essa antiga aspiração.

Isaac afirmou que os atritos não prejudicarão as relações existentes entre as bancadas. Ele salienta que com a fusão os trabalhistas terão a segunda maior bancada do Legislativo, com oito vereadores, um a menos do que o PT, que possui nove representantes na Câmara.

Cassiá Carpes, líder do PTB, disse que a "aliança deve ser feita através do diálogo e não pela força". O petebista destacou que os gaúchos não são contra a união das siglas. Conforme ele, o distanciamento da cúpula do partido em Brasília, é uma reação contra práticas de atrelamento que a cúpula nacional tinha com o governo federal, "contrariando princípios do trabalhismo".

Cassiá lembrou que a grande dificuldade da aliança está na composição das chapas para a Assembléia e Câmara Federal. "O PTB gaúcho até aceita a aliança na chapa majoritária, mas quer manter a independência nas eleições para os Legislativos", ressaltou o parlamentar.

Segundo Cassiá, os petebistas gaúchos não aceitarão a intervenção pretendida pela executiva nacional, que negocia em Brasília a revelia do que pensa a base no Rio Grande do Sul. "Cada vez mais cria-se um afastamento na formação da Frente no Estado", argumentou Cassiá. Ele salientou, entretanto, que a crise não deve afetar a boa relação das bancadas na Câmara Municipal.


Rigotto se reúne com prefeitos e vices
O pré-candidato do PMDB ao governo do Estado, Germano Rigotto, reuniu-se ontem ao final da tarde, com prefeitos, vices, ex-prefeitos e ex-vices, do partido. O encontro, realizado no Clube Caixeiros Viajantes, em Porto Alegre, serviu para tratar do projeto de Governo e estratégias de campanha.

O PMDB do Rio Grande do Sul tem, atualmente, 135 prefeitos, 134 vice-prefeitos e 1.340 vereadores. O encontro foi aberto pelo presidente regional do PMDB, deputado Cezar Schirmer e contou com a presença do senador Pedro Simon. Após o final do encontro, o pré-candidato ao Palácio Piratini e os participantes do encontro realizaram um jantar de mobilização e confraternização.


Estado fatura US$ 2,3 bilhões com TI
O setor de tecnologia da informação (TI) movimentou US$ 2,3 bilhões no Rio Grande do Sul em 2001, um crescimento nos últimos quatro anos de 1.400%. Os dados foram apresentados ontem pela Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Informática (Assespro) e fazem parte do Perfil TI RS, que vem sendo executado há seis meses. A pesquisa foi realizada com 224 empresas gaúchas com faturamento inferior a US$ 50 milhões.

A representatividade do Estado é de aproximadamente 4% do faturamento do Brasil no segmento, que é de US$ 57,7 bilhões. O vice-presidente da Assespro, Cesar Leite, admite que o número comparativo surpreendeu negativamente. "Há uma defasagem se formos levar em consideração o potencial tecnológico das empresas gaúchas", afirma.

O perfil RS de 1998 dimensionou o faturamento em US$ 335,18 milhões, porém, não incluía segmento de telecomunicações e de hardware, responsáveis neste último levantamento por mais de 70% da participação das empresas em TI. Para efeitos de comparação, o faturamento do ano passado sem os US$ 1,6 bilhão, ficaria em US$ 660 milhões. O crescimento real, sem os números de telecomunicação, foi de 290%.

Um dos destaques do Perfil RS foi a participação das empresas nos segmentos de internet (19,90%), o que mais contribuiu para o faturamento nacional, seguido pelo de prestação de serviços (5,97%). Já o de serviços operacionais e infra-estrutura é que tem menor participação, com 0,13%.

"Nenhuma outra entidade no Brasil possui um levantamento como o que estamos fazendo do setor, que nos permitirá buscar soluções para promover o crescimento", analisa o presidente da Assespro, Wesley Lacerda.
A pesquisa, que teve o apoio de técnicos da Unisinos, mostrou também que quase 70% das empresas pesquisadas foram fundadas a partir da década de 90, sendo que 20% delas nos últimos três anos. Dos empresários ouvidos, 68% fizeram a sua estréia no mercado com um negócio em TI. "Não temos grandes empresas em termos de faturamento pois a maioria delas ainda é muito jovem. Temos que fomentar as pequenas, mas também apostar em fusões e incorporações para que tenhamos grandes empresas de tecnologia", acrescenta Lacerda.


Preço da gasolina cai e o do diesel sobe a partir de amanhã
A Petrobras vai reduzir o preço da gasolina em 1,08% a partir de amanhã. O preço do diesel será aumentado em 4,35%. A companhia anunciou ontem os reajustes e vai divulgar nota oficial justifi cando os novos preços. É a quinta vez que a empresa mexe no preço da gasolina desde a virada do ano, motivada pelas variações internacionais do preço do petróleo - foram três aumentos após a redução de 25% no início do ano, que resultaram em um reajuste total de 11,7%. O último aumento foi promovido no dia 6 de abril. No caso do diesel, a empresa reduziu o preço em janeiro e depois o elevou três vezes durante o trimestre.


Desconhecimento legal limita vendas brasileiras para EUA
O Brasil é um dos raros países com os quais os Estados Unidos - maior importador mundial - tradicionalmente registram superávit comercial. No ano passado, por exemplo, o déficit geral dos EUA foi de US$ 437 bilhões, mas com o Brasil o país teve um saldo positivo de US$ 1,4 bilhão. O porcentual (cerca de 1%) das exportações brasileiras no total das importações norte-americanas também está entre os menores de toda a América Latina.

Há forte potencial para aumentar as exportações do Brasil para os EUA, diz o advogado Leslie Glick, especialista no comércio bilateral, mas elas não crescem porque há um grande desconhecimento, dos brasileiros, da legislação comercial norte-americana.

Segundo Glick, nos próximos dois anos devem crescer em 20% as importações americanas de máquinas para o setor de construção civil. Na área de alimentos e bebidas, o mercado de orgânicos, étnicos e suplementos ainda representa 1% do total, mas já significa compras de US$ 16 bilhões ao ano, devendo aumentar para US$ 30 bilhões em pouco tempo. O guaraná brasileiro, como produto da Amazônia, e a cachaça, bebida típica, também têm grande espaço para crescer nos Estados Unidos.

Os dados de Glick revelam ainda o potencial a ser explorado pelo Brasil nas áreas de borracha vulcanizada para uso em celulares, papel-filtro e cartão-filtro, além do granito talhado ou serrado - todos produtos que podem ser fornecidos, pelo menos em parte, pelo Brasil. Mas o grande aumento de consumo está sendo registrado no segmento de equipamentos de segurança. "Quem fabricar bons equipamentos, vai achar um farto mercado nos Estados Unidos", afirma Glick, do escritório Porter, Wright, Morris & Arthur.
"Com tanto potencial inexplorado, por que então as exportações brasileiras ainda estão tão limitadas?", indaga o advogado. "Além do custo Brasil, do excesso de regulações legais brasileiras e do foco no Mercosul, o brasileiro não investe pesado em promoção no mercado norte-americano, sofre algumas barreiras alfandegárias e, sobretudo, desconhece como funciona o mercado dos Estados Unidos."

Especialista recomenda contato com distribuidor confiável
Um primeiro passo, segundo Leslie Glick, é encontrar um agente ou distribuidor confiável nos EUA. Isso porque a legislação tende sempre a proteger o agente e o distribuidor local. Também é preciso ter conhecimento detalhado da regulação dos serviços alfandegários, como códigos tarifários, valor das tarifas ad valorem e valores da transação. Exceto em alguns casos, todo produto precisa ter a marca do país de origem - "Made in Brazil", por exemplo. Outra necessidade para um bom desempenho no mercado norte-americano é saber as regulações do FDA (Food and Drugs Administration, o departamento de alimentos e medicamentos dos EUA), as regras para etiquetagem de produtos e como detalhar os processos de fabricação.

Depois dos atentados de 11 de setembro em Nova York, a segurança em portos e aeroportos foi mais do que redobrada. Para facilitar o desembaraço de importações, a Associação de Comércio Exterior e Alfândega (TPTA) dos Estados Unidos criou um cadastro. Os exportadores e os produtos que fazem parte dele têm direito a uma vistoria especial, mais rápida e menos intrusiva.

O produto que não faz parte do cadastro é declarado como "categoria desconhecida" e é submetido a vistorias e auditorias mais rigorosas, os pedidos de informações são muito maiores e a liberação, como resultado, demora muito mais. Para se cadastrar, basta preencher um formulário detalhado. Os consulados podem informar como obtê-lo.


Artigos

Lei da selva nas patentes
André de Lima Castro

O mundo contemporâneo vem se caracterizando, cada vez mais, pelo trabalho imaterial. Por isso mesmo a patente constitui uma das principais forma de riqueza da economia global. A inserção proveitosa de países menos desenvolvidos no mercado mundial depende hoje, em grande parte, da política que adotam com relação à propriedade intelectual e, particularmente, da proteção que concedem aos inventos de seus cidadãos. O poder público brasileiro tem uma postura ambígua diante da questão da propriedade intelectual. Por um lado, faz leis modernas de proteção às marcas, patentes e direitos autorais. Por outro lado, quando na posição de cliente, muitas vezes o governo usa seu poder de forma predatória contra empresas nacionais detentoras de patentes. O poder de compra do estado, um instrumento largamente utilizado pelos países desenvolvidos para subsidiar o desenvolvimento tecnológico de suas empresas, no Brasil é freqüentemente usado para oprimir a empresa nacional; para subtrair do preço da compra justamente a diferença que representa e remunera o desenvolvimento tecnológico. Como empresário e filho de um inventor que registrou nas duas últimas décadas oito patentes em 21 países, tenho clara consciência de que um dos principais obstáculos ao desenvolvimento tecnológico brasileiro é a falta de proteção do poder público à criação intelectual do nosso povo. Tanto aqui como lá fora. A pirataria industrial internacional tem grandes chances de atingir o produto patenteado brasileiro, porque seus agentes sabem da inexistência de um programa de proteção ao invento brasileiro no exterior.

Os países desenvolvidos têm tamanha consciência da importância da patente que não hesitam em trocar as leis de mercado pela "lei da selva" quando se trata de proteger seus interesses nacionais. Esses países defendem com unhas e dentes os interesses de suas indústrias, lançando mão de barreiras tarifárias e não-tarifárias, oferecendo subsídios e estimulando, de todas as formas, o desenvolvimento tecnológico. Que essa realidade vigora no mundo globalizado, não é novidade. O Brasil precisa aprender a também recorrer à lei da selva, mas em favor de suas indústrias e de seus inventores, e não contra eles.


Colunistas

ADÃO OLIVEIRA

O ET do mal
Nesta quarta-feira à noite descerá no Salgado Filho um alienígena com a finalidade de, por força de uma decisão prepotente, esdrúxula, intervir no diretório regional do PTB. O cara, muito nervoso, quase babando, passará pelo finger como um touro miúra, atropelando quem ousar lhe atravessar o caminho, especialmente quem estiver vestindo vermelho. Ao chegar ao salão do aeroporto, carregando muitas malas, gritará esbaforido:
"Cadê a Imprensa. Eu quero falar com os jornalistas".

Jornalistas que o esperavam, meio a contragosto, se aproximam...

"Muito prazer, eu sou o Bob Martinez, o cara que vocês tão esperando. E vim aqui atendendo ordem expressas de meus chefes, os doutores Roberto Jefferson e José Carlos Martinez, para ser o interventor do diretório regional do PTB".

"Que quer dizer interventor?", pergunta-lhe um dos incautos jornalistas.

"Ora, você não sabe ? Eu vim tomá conta de tudo aqui, por pouco tempo, é claro".
"Mas quais as razões da intervenção?"

"Tá aqui, óh. E só lê o edital. Os caras desobedeceram à ordem dos meus chefes e, pimba, pau neles".
"Mas que ordens são essas?"

"Ora, de não votá no Brito. De votá no Ferbernati, o candidato do Doutor Brizola".
"Fortunati, o senhor que dizer?"

"Como é? É esse mesmo".

"Mas, cadê o João Biasi?", pergunta o interven tor, do alto de sua autoridade.

"O nome dele é Zambiasi. Sérgio Zambiasi", responde-lhe um dos setoristas políticos.

"Mas, ele não está aí. Ele é um cara muito ocupado. Deputado de mais de 200 mil votos, vive muito preocupado com seus eleitores. Além disso é presidente da Assembléia e apresenta um programa de rádio de muita audiência aqui em Porto Alegre".

"Então, chamem o Monfort?"

"Monfort? O Carlos Monfort, o repórter da Globo?", perguntam.

"Não. Chovê". E abre uma vasta pasta 007, completamente fora de moda. "Ah! Taquí. MÀO - FORTE. Não, MON-FRÓI. Cadê o MON-FRÓI?"

"Esse também não veio. Ele é diretor geral da Assembléia. Mas, não foi por isso que ele não veio. Ele não aceita essa intervenção..."

"Mas, tem que aceitá, tem que aceitá. Os chefes mandaram..."

"E muito obrigado, eu vô lá no diretório, tomá posse. Quem quizé i comigo. Cadê o carro? Quem é o meu motorista? Não tem, que esculhambação... vou de táxi mesmo. Ah, o endereço é na Travessia da Carmem, perto do Largo da "É pra tú". E lá se foi o cara, com uma puta autoridade, tentar resolver um problema com o qual não tinha nenhuma identidade. Sem as chaves do diretório não conseguiu impor as ordens advindas de seus chefes. E foi assim que o ET do mal pousou em Porto Alegre, onde tudo continua como antes ...
E "mesmo que se chamasse Raimundo seu nome seria apenas rima para o mundo, mas nunca solução".


CARLOS BASTOS

PT visa eleitor da oposição no 2º turno
Na entrevista que concedeu ontem após seu regresso da viagem à Europa, o ex-prefeito Tarso Genro, candidato do PT ao governo do Estado, deixou claro que objetiva atingir uma parcela do eleitorado oposicionista no segundo turno, especialmente partidários do PMDB e do PDT. Com os pedetistas alega que há identidades ideológicas, e com os peemedebistas aposta na mágoa com a saída do ex-governador Antônio Britto do partido, ingressando no PPS. Esta tarefa exigirá um trabalho muito pesado do candidato petista, pois se há problemas dos eleitores do PMDB e do PDT com o ex-governador, também há grandes restrições naqueles dois partidos ao PT, especialmente ao rumo que tomou a administração Olívio Dutra à frente do governo do Estado. A impressão de analistas é de que o que pode acontecer no segundo turno da eleição no Rio Grande do Sul é uma grande incidência de voto em branco, justamente de parte de eleitores inconformados do PMDB e do PDT.

Diversas
Informado por jornalistas da declaração de Tarso de que buscaria eleitores peemedebistas no segundo turno, o presidente regional do partido, deputado César Schirmer, respondeu: "Ele vai esperar sentado ou deitado este apoio"?

Já o candidato Celso Bernardi, do PPB, a tentativa do ex-prefeito Tarso Genro de tentar criar "factóides" em torno do seu prolongado passeio pela Europa, comprova sua estratégia de tentar se desvincular do fracassado governo Olívio Dutra.

Bernardi diz que "enquanto Tarso viajava, a Goodyear foi embora do Rio Grande, o índice de desemprego aumentou em Porto Alegre e o campo gaúcho mergulhou numa situação de conflitos sem precedentes na história do Estado.

Quem chega hoje ao Estado é o presidenciável tucano José Serra, ele estará na parte da tarde participando da Fenarroz, em Cachoeira do Sul.

Cientistas políticos entendem que o crescimento de 10% para 18% dos índices do presidenciável Ciro Gomes, do PPS, entre a pesquisa de abril e a atual realizada pela Cepa-Ufrgs, deve-se à oficialização da candidatura de Antônio Britto.

Aconteceu uma confraternização política na festa de aniversário do deputado Paulo Odone Ribeiro (PPS), ontem à noite, no Galpão Crioulo do Parque da Harmonia. Lá estiveram Antônio Britto, José Fogaça, Nelson Proença, do PPS, e Germano Bonow, do PFL, e Sérgio Zambiasi e outras lideranças do PTB.

Candidato do PPS, Antônio Britto começa sua campanha no interior do Estado hoje pela manhã em Guaiba, no terreno onde seria implantada a planta da Ford.

O presidente da Assembléia, deputado Sérgio Zambiasi, e principal liderança do PTB no Rio Grande do Sul, terá uma tarefa árdua amanhã em Brasília, quando deve participar da reunião da direção nacional do partido, que vai discutir a intervenção na secção gaúcha.

Primeira tarefa do vice-presidente regional do PT, Paulo Ferreira, encarregado de coordenar a campanha de Lula no Estado, acontece dia 22 e 23 quando o presidenciável petista estará em visita ao Rio Grande do Sul.

Candidato Tarso Genro começa amanhã seus roteiros pelo interior do Estado, em dois dos menores municípios existentes: André da Rocha e Ibiraiaras.

Última
Os números da pesquisa para o Senado não surpreenderam no tocante à liderança de Sergio Zambiasi (PTB), que fez mais de 34%, mas sim pela excelente posição em que se encontram os candidatos à reeleição José Fogaça (PPS) e Emília Fernandes (PT), com 26% e 24%. Não deixou de causar espécie a quarta colocação do deputado Paulo Paim (PT), recordista em todas eleições para a Câmara dos Deputados.


Editorial

EUROPEUS QUEREM CONTATOS IMEDIATOS COM O MERCOSUL

Madri sediará a 2ª Cúpula da União Européia/América Latina/Caribe, nesta sexta-feira e sábado. Em discussão o aprofundamento dos laços comerciais com o Mercosul, cujo acordo final deve sair até 2004, antes da Alca. Paralisado pela crise da Argentina, o Mercado Comum do Sul apresentará proposta de liberalização dos mercados à UE, por etapas, eis que a Comissão Européia não tem mandato negociador dos 15 países.

Pascal Lamy, comissário de Comércio da União Européia, visitou o Brasil, acelerando contatos imediatos, a fim de que o atraso do Mercosul em relação à Europa não se torne crônico e, com os problemas em Buenos Aires, seja alongado. As últimas reuniões feitas em Bruxelas pela UE analisaram as conseqüências da desvalorização do peso, sendo que as conclusões foram positivas, comercialmente. Todos os 15 membros da União Européia julgam que o Brasil continua com posição firme de valorizar o bloco, da mesma forma que os europeus. No entanto, o Mercosul estará fragilizado em Madri, tantos os problemas na região. Até o acordo definitivo, a Europa não abrirá seus mercados aos produtos agrícolas das nações do Mercosul, sem a certeza da contrapartida latino-americana, nos serviços, telecomunicações e bancos. Antes, o Chile fará o seu tratado particular com a UE, que servirá de balizamento para o resto dos latinos. Igual ao Chile, somente o México fechou acordo com os europeus, assim mesmo após ter aderido ao Tratado de Livre Comércio da América do Norte, Nafta, na sigla em inglês.

Portanto, o Chile servirá de cobaia para que o Mercosul saiba o que o aguarda. Aliás, embora seja uma economia pequena, o país andino tem sido pioneiro na abertura e na assinatura de acordos para a liberalização das suas exportações/importações, o que lhe granjeou bons negócios e uma estabilidade econômico-financeira que tem sido apontada como modelar por Washington, com quem, da mesma forma, os chilenos assinarão tratado antes da implantação da Alca. Neste mês, o Chile e a União Européia terão aparado todas as arestas e talvez firmem os papéis de livre comércio na Reunião de Cúpula da Europa, América Latina e Caribe. A crise argentina deverá solidificar o bloco, na opinião dos especialistas brasileiros do Itamaraty, o que tem sido alardeado pelo presidente Eduardo Duhalde, que enfatizou a prioridade absoluta que seu governo de transição dá ao Mercosul e às relações com o Brasil. Os estrategistas de Brasília dizem que somente em bloco o Mercosul fará negociações, embora o Brasil seja a autêntica jóia da coroa da abertura de fronteiras. Como em todas as crises, também a atual, que assola Buenos Aires, ser á a oportunidade na criação de novos mecanismos. A desvalorização cambial colocou o peso muito próximo do valor do real, o que facilita, em algum momento dos próximos anos, a adoção de uma moeda comum, quem sabe o "gaúcho", lançado por Raúl Alfonsín e José Sarney, que jamais saiu das boas intenções. O fim do câmbio fixo na Argentina pode consolidar uma Tarifa Externa Comum, sem exceções, como a Argentina vinha adotando com o irritadiço ministro Domingo Cavallo. Depois dos europeus, vem a Alca/Nafta, onde os 15 principais produtos agrícolas brasileiros de exportação são taxados na média de 45,6% ou, se industrializados, casos do óleo de soja e do chocolate, sobretaxados. Desgosta o Brasil saber que os norte-americanos gastarão US$ 190 bilhões nos próximos 10 anos, para garantir preços mínimos na soja, no milho e no trigo aos seus agricultores, com a Farm Bill, ou seja, 50% da renda deles via dinheiro público. Em 2001, mesmo com déficit de US$ 437 bilhões no comércio exterior, os EUA tiveram incrível superávit de US$ 1,4 bilhão com o Brasil.


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05/14/2002


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