Távola desafia PT a apresentar programa econômico de governo
Ao repudiar a cartilha editada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) com os escândalos que, segundo a publicação, marcaram o governo Fernando Henrique Cardoso, o senador Ártur da Távola (PSDB-RJ) disse que a bancada de apoio ao governo não deixará de responder aos ataques daquele partido. Ele criticou a "postura moralista" dos petistas e cobrou a apresentação do programa de governo do partido para a economia do país.
- Seguramente o nível da campanha vai baixar. O desespero do Partido dos Trabalhadores está se traduzindo em algo a que o partido se acostumou, que é a malícia, a agressividade e a maldade - disse ele, comparando o Partido dos Trabalhadores ao lobo que se reveste de pele de cordeiro.
Para Távola, a atitude dos petistas, de apontar sempre os erros dos outros, ao mesmo tempo em que apregoam que eles (os petistas) são os únicos puros "é uma postura fácil" e caracteriza um desvio doutrinário do partido. Ele criticou os discursos petistas, que qualificou como "vingativos", estimuladores do ódio e antiquados, já que, frisou ele, não representam o pensamento moderno das lideranças da esquerda.
- Essa é uma pregação eleitoreira. Assim foi nos oito anos do governo FHC. Que atos suspeitos não foram investigados? - questionou o senador, afirmando que durante esse período, tanto o senador José Serra (PSDB-SP) quanto o presidente Fernando Henrique nunca praticaram ato anti-ético.
Ele também desafiou o PT a apontar o governo estadual, sob a administração daquele partido, que tenha removido as causas profundas da miséria, criticando o fato de os parlamentares do Partido dos Trabalhadores não terem apoiado a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal e a reforma da Previdência Social, entre outros.
- O PT tem que saber que eles não têm o monopólio da dignidade. Esse ataques, como o dessa cartilha fajuta e infamante, são típicos de épocas de eleições e mostram o lado agressivo e implacável do partido. Nós fazemos um desafio para que o PT mostre ao povo qual é o seu programa para a economia do país. Se as pessoas estão assustadas com a crise é porque Lula na Presidência representaria, sim, uma ameaça, pois a população não sabe as regras da economia e se o Brasil vai conseguir manter sua estabilidade com ele - afirmou.
14/06/2002
Agência Senado
Artigos Relacionados
Agripino desafia governo a discutir retomada do crescimento econômico com parlamentares
Rollemberg anuncia seminário para apresentar programa de governo
HELOÍSA HELENA DESAFIA LÍDER DO GOVERNO
HELOÍSA HELENA DESAFIA LÍDER DO GOVERNO
Líder do PSDB desafia o governo a discutir temas com a oposição
Pietroski desafia governo a encaminhar projeto do teto salarial