TCU aponta responsabilidade de Gustavo Franco
Além de indicar a responsabilidade do ex-diretor da Área Internacional do Banco Central Gustavo Franco por irregularidades ocorridas nos procedimentos de transferência de recursos para o exterior por meio de contas CC-5, o relatório de auditoria, emitido em 1998 pelo Tribunal de Contas da União (TCU), também determinou que o ex-diretor fosse multado por atos lesivos ao interesse nacional. A informação foi dada pelo ministro do TCU Adylson Motta durante a reunião desta terça-feira (15) da CPI do Banestado.
De acordo com Adylson Motta, a auditoria apurou que foi durante a gestão na diretoria de Gustavo Franco, em 1996, que o BC autorizou o transporte de moeda brasileira por carros-fortes de Foz do Iguaçu para Ciudad del Este, no Paraguai, pela Ponte da Amizade. Por este motivo, o TCU considerou que esse ato foi ilegal e provocou enormes perdas financeiras para o país.
A multa aplicada ao ex-diretor foi de R$ 23 mil, que era, de acordo com o ministro, o valor máximo possível de ser definido. Mesmo assim, esclareceu Adylson Motta, Gustavo Franco recorreu da decisão, processo que está sendo analisado pelo ministro Walton Alencar Rodrigues, daquele tribunal.
O TCU também encaminhou, conforme informou o ministro, as conclusões e recomendações do relatório da citada auditoria aos seguintes órgãos: Departamento da Polícia Federal, Receita Federal, Ministério Público da União, Procuradoria da República do Estado do Paraná, Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados, CPI dos Bancos e Ministério da Fazenda.
15/07/2003
Agência Senado
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