TCU constata falta de controle na verba do FAT
- TCU constata falta de controle na verba do FAT
- Relatório de auditores do Tribunal de Contas da União denuncia a falta de controle e investigação do Ministério do Trabalho sobre as verbas do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) liberadas para as centrais sindicais.
O documento identifica problemas em verbas aplicadas pela Força Sindical, CUT, CGT e Social Democracia Sindical. Mas o principal alvo é o ministério. "O quadro exposto é grave, dadas as evidências de negligência no controle", registram os auditores. (pág. 1 e A3)
- Os marqueteiros Nelson Biondi, do candidato José Serra (PSDB), e Duda Mendonça, de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fizeram um acordo para reduzir as agressões entre os candidatos no segundo debate de presidenciáveis em rede nacional.
O evento será amanhã, na TV Record. Assim como no primeiro debate, realizado na TV Bandeirantes, apenas os quatro candidatos mais bem posicionados na pesquisa - além de Lula e Serra, Ciro Gomes (PPS) e Anthony Garotinho (PSB) - vão participar. (...) (pág. 2)
- A queda de Ciro Gomes nas pesquisas bateu como uma bomba na coordenação da Frente Trabalhista. Não faltam explicações para a transferência de votos de Ciro para o tucano José Serra.
Outro efeito imediato foi a volta das intrigas dentro da cúpula, que estavam neutralizadas pelo bom desempenho do candidato até então.
Com a nova - e má fase - nas pesquisas, cada lado da Frente passou a querer emplacar seu estilo de campanha. O PPS quer a polarização com Luiz Inácio Lula da Silva (PT). (pág. 2)
- O processo é tratado em total sigilo no TCU. Um dos investigados, o presidente licenciado da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, é candidato a vice-presidente na chapa de Ciro Gomes. Na página 4 do relatório, os auditores deixam claro que o caso é delicado. "É oportuno mencionar que a Secretaria Federal de Controle (vinculada à Presidência da República) vem realizando auditoria na Força Sindical", registram. "O assunto vem sendo objeto de exploração política".
O relatório traz críticas à Força, mas não é mais duro com ela que com as outras centrais. Há falhas em todos os processos. "As prestações de contas examinadas não apresentam elementos que esclareçam como as entidades gastaram os recursos federais, nem mencionaram os locais onde foram realizados os treinamentos", diz o texto. (...) (pág. 3)
- Eles não contrariam o bordão "filho de peixe" e, para conquistar votos, recorrem ao parentesco com o pai e o avô famosos pela trajetória política consolidada. Polêmicos, o ex-presidente Fernando Collor de Mello e o ex-senador Antônio Carlos Magalhães fizeram escola mais cedo do que esperavam.
A nova geração tem nomes, e fortes indícios de que estará presente no Congresso ano que vem: Arnon de Mello (PRTB), em Alagoas, e ACM Neto (PFL), na Bahia, candidatos à Câmara, têm hoje tanto carisma quanto os padrinhos políticos em seus redutos eleitorais. (...) (pág. 5)
- Dois temas vão concentrar as atenções no 17º Congresso Mundial de Petróleo, a partir de hoje, no Riocentro. Um, o iminente bombardeio americano ao Iraque, um dos maiores exportadores mundiais do produto.
Outro, a intervenção do Governo brasileiro na política de preços da Petrobras. Fatos que, para a indústria do petróleo, se incluem na lista de riscos com os quais o setor está acostumado a lidar, como ressalta o ministro britânico da Energia, Brian Wilson, um dos principais convidados do evento, em entrevista ao "Jornal do Brasil".
Líderes da indústria petrolífera mundial e representantes de mais de 90 países estarão no Rio para debater a responsabilidade social do setor e prestigiar eventos como shows de MPB, festas com samba e capoeira e até um Fla x Flu especial. (pág. 1 e A15)
- O projeto de reduzir a participação do Governo na economia, vendendo estatais, não impediu que a dívida pública dobrasse durante os dois mandatos do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Para o economista Roberto Macedo, da USP e da Universidade Mackenzie, o Estado se tornou uma espécie de lagartixa. "Quando se corta o rabo, ele volta a crescer", compara o professor, crítico do modelo de desestatização adotado no Brasil. (...) (pág. 1 e A20)
- A Área de Livre Comércio das Américas (Alca), um bloco que reuniria 34 países com PIB somado de US$ 11 trilhões - sendo 83% dos EUA e Canadá e apenas 7% do Brasil -, é tema de plebiscito capitaneado por 54 entidades, a maioria ligada à CNBB e à Igreja Católica.
O objetivo é democratizar o debate sobre a adesão ou não do Brasil. A consulta não tem caráter oficial. (pág. 1 e A4)
- Os diferentes resultados apontados pelas últimas pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República surpreenderam políticos e analistas. "Há algo de anormal. Não há explicação", avalia o cientista político Walter de Góes, diante dos números coletados entre os dias 24 e 26 de agosto pelos institutos Ibope, Sensus e Vox Populi.
Os três divergiram na amostragem em relação à disputa pelo segundo lugar. (...) (pág. 1 e A3)
Colunistas
COISAS DA POLÍTICA - Dora Kramer
Roman é um americano que chegou há pouco ao Brasil a serviço do governo de seu país, e, pelo caráter diplomático do cargo, omite seu nome completo. Até porque isso não altera o fundamento da dúvida exposta por Roman: o voto obrigatório é o que levará às urnas o contingente de mais de 40% de eleitores ainda indecisos na eleição presidencial?
Cidadão de país onde o voto é facultativo, Roman estabelece linha direta entre a obrigatoriedade e o ato de votar. É lógico que alguma relação de causa e efeito há, mas nem tão forte nem tão direta quanto ele imagina. (...) (pág. 2)
(Informe JB - Gustavo Krieger) - No dia 2 de outubro, vão se completar dez anos do massacre de 111 presos no Carandiru. A ONU prepara um documento muito pesado criticando a Justiça brasileira, que não puniu os responsáveis pela chacina, cometida pela Polícia Militar de São Paulo.
Depois de passar por cursos de capacitação, eles farão trabalho voluntário. Também vão ganhar bolsa de auxílio. (pág. 6)
(Boechat) - De todo o movimento financeiro do comércio de drogas no Brasil, não menos de 20% são destinados pelos traficantes a policiais corruptos.
O ministro da Justiça, Paulo de Tarso, aceita o percentual como realista.
Os serviços prestados em troca da propina incluem proteção, execução "oficial" de rivais ou desafetos, cobertura para operações diversas, fornecimento de armas e venda de informações, entre outras gentilezas.
Até que está barato... (pág. C2 )
Editorial
PONTO E CONTRAPONTO
Enquanto as reformas não saem do papel, a saída é apertar os cintos e adotar austeridade nas contas públicas. Só assim evita-se o pior, que seria a volta da inflação. A médio prazo, não existe alternativa senão o engessamento orçamentário. Todo cuidado é pouco.
As despesas com a Previdência consomem 12% do PIB e os gastos com funcionalismo sobem a 11% do que o país produz. Os termos do Orçamento da União de 2003 são pessimistas em relação à arrecadação. Melhor isso do que previsões irresponsáveis.
Já é tempo de os candidatos ao Planalto dizerem a verdade aos eleitores. As exportações ajudam mas não resolvem tudo. Vêm por aí dias de fortes ajustes. (pág. 18)
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09/01/2002
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