Tebet afirma que ano eleitoral não atrapalha votação de projetos sobre segurança pública
O presidente do Senado, Ramez Tebet, garantiu nesta quinta-feira (21) que o envolvimento dos parlamentares nas atividades políticas próprias de um ano eleitoral não impedirá a votação dos projetos sobre segurança pública: "em verdade, vamos ter que correr contra o tempo, mas o Congresso fará sua parte na mobilização para conter a violência no país", assegurou.
- A Comissão Mista de Segurança já está instalada e trabalhando, e está preparando os projetos que votaremos com a maior rapidez. A segurança nacional é prioridade número um, pois os bandidos estão soltos e o Congresso Nacional fará sua parte para permitir uma ação mais eficaz do poder público - disse.
Tebet ressaltou que a disputa eleitoral não pode ser vista de forma negativa, porque "a eleição é o cerne da democracia, e a disputa pelo voto é essencial ao exercício democrático", e reiterou que o Congresso conseguirá conciliar as atividades legislativas, em especial a votação dos projetos relativos à segurança, com a necessidade de manter contato mais direto com as bases eleitorais.
O senador acha difícil a concessão de urgência para a votação do projeto impondo maiores restrições ao porte de armas, por se tratar de proposta "altamente polêmica". Lembrou que até o presidente da Comissão Mista Especial de Segurança, senador Iris Rezende (PMDB-GO), manifestou-se contra a medida, argumentando que os bandidos estão armados, que as armas entram através de contrabando e que não é possível as famílias ficarem desarmadas. Para Tebet, a saída poderia ser impor restrições ao porte, e não proibí-lo:
- Já existe legislação sobre porte de arma e não é qualquer pessoa que pode andar armada. É preciso pensar bem nesse projeto, para defender as famílias e não dar mais fôlego aos bandidos. Acho problemático deixar todo homem de bem desarmado; temos que desarmar os bandidos e colocá-los na cadeia - afirmou.
21/02/2002
Agência Senado
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