Tebet: candidaturas são reafirmação do PMDB



O presidente do Senado, Ramez Tebet, afirmou nesta terça-feira (23), depois de receber em seu gabinete o governador de Minas Gerais, Itamar Franco, e o senador Pedro Simon (PMDB-RS), que a inscrição dos dois como candidatos às prévias do partido às eleições presidenciais de 2002 "é a reafirmação do PMDB e acaba com qualquer dúvida de que o partido terá candidatura própria, pelo menos no primeiro turno".

Tebet disse que estava muito satisfeito porque se considera "o maior defensor das prévias no PMDB", tendo sido o autor da proposta de sua realização perante a convenção. Ele disse ainda que, em princípio, a data marcada deve ser mantida.

- A convenção decidiu soberanamente pelo dia 20 de janeiro e só um fato de força maior poderia justificar o adiamento. Fora isso, temos que respeitar o resultado da convenção - declarou.

Questionado sobre o fato de tanto Itamar quanto Simon serem oposicionistas, o senador admitiu que "o PMDB está praticamente fora do governo", embora ainda ocupe o Ministério dos Transportes, enquanto o da Integração continua vago. Tebet admitiu que podem surgir outros pré-candidatos e assegurou que, mesmo com os nomes do governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos, e do presidente do partido, deputado Michel Temer (PMDB-SP), sendo citados, ainda não existe definição a esse respeito.

O senador defendeu, porém, o direito de Temer acompanhar o presidente Fernando Henrique Cardoso em viagem, argumentando que o partido ainda faz parte da base do governo e seria "um ato incivilizado deixar de atender ao convite sem motivo justificado".- Todos têm o direito de conversar, e numa eleição em que poderá existir segundo turno, seria absurdo os políticos não conversarem - assinalou.

REFORMA TRIBUTÁRIA

O senador comentou também as chances de aprovação da reforma tributária, ainda em tramitação na Câmara dos Deputados, antes do recesso parlamentar de 15 de dezembro.

- Trata-se de matéria muito importante para o país, mas não podemos nos iludir e achar que poderá ser votada da noite para o dia: é uma matéria difícil. Estamos caminhando, estamos avançando. O projeto está na Câmara, a sociedade clama pela reforma e eu torço por ela, como todos os brasileiros. Na hora em que depender da minha ação aqui no Senado, nós vamos votá-la - garantiu.

23/10/2001

Agência Senado


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