TEBET COBRA MAIS EFICIÊNCIA DO GOVERNO NO CASO DA AFTOSA



A ação do Ministério da Agricultura no combate a suposto foco de febre aftosa descoberto no Mato Grosso do Sul deveria se restringir à área afetada, livrando o restante do estado de um tratamento injusto e prejudicial à sua economia. É o que propôs nesta segunda-feira (dia 21) o senador Ramez Tebet (PMDB-MS). Segundo o senador, foram descobertas rezes contaminadas no município de Naviraí, próximo à divisa do estado com o Paraná, mas o gado teria sido contrabandeado do Paraguai.Ramez Tebet relatou as conversas que teve com técnicos do ministério, quando foi informado que o órgão não teria condições de fazer o exame do rebanho para que o estado voltasse a exportar o gado ainda vivo ("boi em pé").- Isso é incompetência. Chega a ser ridículo - afirmou Tebet, que também recebeu promessas de solução para o problema da aftosa do presidente Fernando Henrique Cardoso e do ministro da Agricultura, Pratini de Morais.O senador explicou que, além de não poderem exportar o "boi em pé", os produtores estão se deparando com a queda nos preços da arroba, uma vez que a oferta para abate dentro do estado é muito grande. Enquanto em São Paulo a arroba tem se situado em torno de R$ 42, no Mato Grosso do Sul não tem passado de R$ 34.Não se justifica, na opinião do senador, que o governo federal esteja cedendo à pressão dos organismos internacionais de comércio para fazer restrições tão sérias ao trânsito do gado de Mato Grosso em direção ao resto do país. Tebet argumentou que Naviraí está mais próxima do Paraná do que de muitas regiões do estado e, no entanto, o Paraná não está sofrendo nenhuma sanção.- Não estou pedindo interferência no Paraná, mas isso revela falta de lógica. O Ministério da Agricultura deveria reagir à pressão internacional e defender os interesses do país - disse Tebet. Ele lembrou a contribuição da pecuária brasileira às exportações.Em aparte, o senador Lúdio Coelho (PSDB-MS), considerou que a política do Ministério da Agricultura pode indicar falta de interesse na defesa dos interesses nacionais e sugeriu que o Congresso Nacional pressione o Executivo a encontrar uma solução adequada para o problema.Também em aparte, o senador Leomar Quintanilha (PPB-TO) prestou solidariedade a Tebet e aos mato-grossenses do sul. Lembrou que Tocantins teve igualmente as fronteiras fechadas por causa da febre aftosa. Quintanilha, contudo, ressalvou que se deve avaliar com senso de justiça a atuação do ministério, que está empenhado na erradicação da aftosa.Para o senador Iris Rezende (PMDB-GO), outro a apartear Ramez Tebet, Mato Grosso do Sul tem que receber tratamento especial, uma vez que seus produtores rurais são responsáveis e zelosos no cuidado sanitário dos rebanhos. Iris, que já foi ministro da Agricultura, observou que os técnicos do órgão agem com dureza em razão dos traumas causados no passado pela febre aftosa.

21/02/2000

Agência Senado


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