Tebet não apressará votação da reforma do Judiciário
O presidente do Senado, Ramez Tebet, disse nesta quarta-feira (27) que a reforma do Judiciário vai ter tramitação normal, porque é matéria importante e polêmica. Ele enfatizou que, atualmente, a prioridade do Congresso Nacional é votar, até 16 de dezembro, o Orçamento de 2003. Tebet foi entrevistado ao participar da solenidade de entrega de condecoração ao presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, e outros quinze agraciados, no Salão Nobre do Congresso Nacional.
- A reforma do Judiciário é uma matéria importantíssima, ansiosamente esperada pela sociedade, que reivindica agilidade e eficiência da Justiça, mas ainda polêmica. Portanto, vai tramitar dentro dos prazos. É difícil prever se será votada neste ano. Vamos continuar andando nos trilhos normalmente - afirmou Tebet.
Ao falar na solenidade, Tebet salientou que a entrega das condecorações é mais uma demonstração de que o Legislativo cumpre seu papel de representação da sociedade e está afinado com as manifestações mais legítimas do povo brasileiro em todos os setores de atividade. O presidente Fernando Henrique Cardoso, agraciado com a -Suprema Distinção Câmara dos Deputados-, mencionou em seu pronunciamento o esforço efetuado pelas duas Casas do Congresso nos últimos anos e referiu-se às -circunstâncias difíceis- em que Tebet assumiu a Presidência do Senado, com a renúncia de seu antecessor no cargo.
Foram condecorados também, com a medalha -Mérito Legislativo Câmara dos Deputados-: Antonio Ermírio de Moraes, Benedita da Silva, Carlos Drummond de Andrade ( in memoriam ), Carlos Pina de Assis, Celso Furtado, Cid Sampaio, Fernanda Montenegro, Leandro Konder, Leonel Brizola, Pastor Nilson do Amaral Fanini, dom Paulo Evaristo Arns, Cacique Raoni, Ronaldo Cunha Lima, Siron Franco, o Tribunal de Justiça do Estado do Piauí e Zilda Arns.
Tebet ressaltou a importância da homenagem do Senado Federal aos 70 anos de instituição do voto feminino no país, salientando que o Brasil saiu na frente de muitas outras nações.
- O Brasil é um exemplo para o mundo. A França, por exemplo, só na década de 40 implantou o voto feminino; na Suíça, só recentemente as mulheres adquiriram esse direito. Há muito tempo estamos dando demonstração da vocação democrática do Brasil, e estamos muito à frente de outros países, até economicamente mais desenvolvidos, na luta contra todos os tipos de discriminação - afirmou.
27/11/2002
Agência Senado
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