Tebet pede liberação do gado de Mato Grosso do Sul



Em defesa de Mato Grosso do Sul, o senador Ramez Tebet (PMDB-MS) fez nesta segunda-feira (dia 5) apelo ao Ministério da Agricultura para que libere as fronteiras do estado para a venda de carne bovina. O senador afirmou que o estado está livre da febre aftosa e não entende por que os técnicos do ministério não liberam sua fronteira.

Tebet explicou que em, 1989, um surto de febre aftosa atingiu a cidade de Naviraí, em Mato Grosso do Sul. Conforme seu relato, a Delegacia Federal de Agricultura fez o que lhe competia, e, com a ajuda das Forças Armadas e a colaboração eficiente dos produtores de gado, conseguiu debelar o foco.

Ele também argumentou que um relatório sobre a carne bovina, feito pelo estado, foi aprovado, com louvor, pelo Escritório Internacional de Epizootias, na França. E alegou que todos os esforços do estado não estão sendo compreendidos pelo Ministério da Agricultura, que não libera a fronteira. "Pior, seus técnicos não dão explicações. Mas os pecuaristas merecem satisfação, já que cumpriram com seus deveres", afirmou.

Conforme Ramez Tebet, existe um boato no estado de que a não liberação do gado deve-se a um boicote para defender outros interesses. Ele considerou isso grave, visto que o estado é o maior produtor bovino do país, com 23 milhões de cabeças de gado. Também condenou o boicote que os países do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) vêm fazendo às importações da carne brasileira. E disse que a globalização tem se mostrado cruel com os países em desenvolvimento, mas, de acordo com sua visão, é, neste momento, que o Brasil precisa defender Mato Grosso do Sul.

Em aparte, os senadores Juvêncio da Fonseca (PFL-MS), Bernardo Cabral (PFL-AM) e Roberto Saturnino (PSB-RJ) se solidarizaram com as preocupações de Tebet. Juvêncio disse que o boicote ao estado vem da indústria farmacêutica de vacinas e de estados com maior poder econômico. Cabral afirmou que Mato Grosso do Sul não merece o que "certas autoridades estão fazendo com o estado". E Saturnino ressaltou que os parlamentares têm o dever de desconfiar dos países que tentam prejudicar a economia brasileira.

05/02/2001

Agência Senado


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