Tião Viana diz que CPMF depende dos líderes
O presidente interino do Senado, Tião Viana, disse na manhã desta segunda-feira (15) que o procedimento legislativo para a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata da prorrogação da CPMF - principal matéria de interesse do governo na Casa - vai depender da reunião que ele terá com os líderes partidários ao meio-dia desta terça-feira (16). Tião Viana disse esperar que todos entendam o interesse do país em relação a essa matéria.
- Eu espero que as diferenças ideológicas sejam preservadas, as convicções sejam mantidas, as críticas sejam apresentadas, mas que nós não tenhamos um comportamento passional de divisão ou enfraquecimento da instituição. O Brasil precisa de uma resposta do poder Legislativo sobre a CPMF. E nós temos que dar a resposta como poder Legislativo, independente das divergências, independente das vontades. O que vai prevalecer, o que deve prevalecer, é o respeito à decisão da maioria - disse.
Tião Viana foi indagado se apelará à senadora Kátia Abreu (DEM-TO), relatora da matéria na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), para que promova uma tramitação rápida da matéria. O senador respondeu que conversará de "maneira fraternal" com ela, indagando sobre o procedimento que a senadora pretende adotar na apresentação de seu relatório à comissão. Ao ser lembrado pelos jornalistas que Kátia Abreu é contra a prorrogação, o presidente interino do Senado respondeu:
- É um direito dela e tem que ser tratado como um gesto de coerência com as convicções partidárias e ideológicas dela. Não há nenhuma novidade nem preocupação com relação a isso. Mas não quer dizer que não se possa conversar com os líderes partidários e se achar uma saída que venha a facilitar o direito da sociedade de ter a votação dessa matéria. Se não votarmos este ano, já começaremos janeiro com prejuízo da ordem de três bilhões de reais. É possível construir o entendimento de maneira firme a equilibrada - acredita o presidente interino do Senado.
Na mesma entrevista, Tião Viana disse que pretende submeter a voto na quinta-feira (18), em primeiro turno, a PEC que acaba com o voto secreto nos processos de cassação de mandato. O presidente interino disse ainda esperar colocar rapidamente em votação todas as matérias que aguardam deliberação e que visam a garantir transparência no processo legislativo.15/10/2007
Agência Senado
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