Tião Viana diz que não há hipótese de deixar a presidência da sessão para votar a CPMF
O presidente interino do Senado, Tião Viana, afirmou, na manhã desta terça-feira (4), que não há hipótese de ele deixar o comando da sessão plenária que deliberará sobre a prorrogação da CPMF para votar a matéria com os outros senadores. A hipótese é vista por alguns parlamentares da base governista como possível e amparada no Regimento Interno do Senado. Tião Viana disse que só considera essa possibilidade em termos de brincadeira.
- Eu já brinquei com o senador Alvaro Dias [PSDB-PR] sobre isso. Eu disse que ia convocá-lo para assumir o meu lugar, na Presidência, para eu poder descer por alguns minutos e tratar algumas questões... (risos). Ele disse que só se eu renunciasse à Presidência para poder fazer isso. Mas o fato é que eu não posso votar, porque eu só voto quando for matéria secreta ou em caso de desempate, o que não é o caso da CPMF.
Na mesma entrevista, Tião Viana foi lembrado de que o senador Arthur Virgilio (PSDB-AM) continua questionando a legitimidade da sessão plenária realizada sexta-feira (30) e que foi contabilizada no primeiro turno de discussão da proposta de emenda à Constituição (PEC) que prorroga a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira. O presidente interino disse que o líder tucano está no seu direito de questionar.
- Acho que é um debate regimental legítimo. Quem se preocupa com o regimento faz um bem à Casa. O senador Arthur Virgilio, ao defender seu olhar crítico sobre o regimento, está contribuindo com o Senado. Mas eu tenho absoluta segurança de que as decisões da Mesa têm sido inteiramente imparciais e a favor da instituição. Nós não estamos nos conduzindo na Mesa a favor de ninguém. Acho que isso está sendo compreendido pela maioria, e o senador Arthur Virgilio, mesmo numa etapa de discordância pontual, expressa o mais alto respeito com a responsabilidade que tem a Mesa em preservar o regimento.
04/12/2007
Agência Senado
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