Tião Viana pede melhor assistência aos portadores da doença de Alzheimer
Ao registrar que na próxima sexta-feira (21) será celebrado o Dia Mundial da Doença de Alzheimer, o senador Tião Viana (PT-AC) pediu ao governo que ofereça melhor assistência e um acompanhamento mais adequado aos portadores do mal. O senador, que é médico, ressaltou que o Alzheimer atinge mais da metade das pessoas que ultrapassam os 85 anos. Aos 65 anos, o mal acomete cerca de 10% das pessoas. A estimativa é de que no Brasil 1,2 milhão de pessoas sejam portadores da doença.
Tião Viana lembrou que o Brasil conseguiu, nas décadas de 70 e 80, uma sólida política de proteção às crianças e às mães, por influência da Organização Mundial de Saúde (OMS). Porém, o país não conseguiu estabelecer uma política vigorosa de proteção às doenças do envelhecimento.
- O quadro é dramático. A previsão é que, em 2025, 24 milhões de idosos sejam portadores da doença de Alzheimer - afirmou Tião Viana.
Os sintomas mais característicos do mal de Alzheimer são a perda progressiva da memória e os distúrbios de comportamento, agitação e agressividade. Apesar de a doença não ter cura, existe tratamento que pode retardar o aparecimento dos sintomas e dar aos doentes melhor qualidade de vida. O problema, salientou Tião Viana, é que além da própria família não compreender a doença nem qual procedimento adotar, os médicos não estão preparados para dar um diagnóstico correto. Ele defendeu a ampliação do número de vagas de residência médica para geriatras e informações sobre como tratar de idosos na formação dos clínicos gerais.
Em aparte, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) disse que recebeu um telefonema do geriatra Sérgio Veras, que estava voltando ao Rio de Janeiro depois de participar de um encontro na Suíça onde autoridades de vários países discutiram políticas para a terceira idade. O médico sugeriu ao senador que pedisse ao secretário de Planejamento de Longo Prazo, Roberto Mangabeira Unger, a inclusão no âmbito dos trabalhos daquela Pasta, de um estudo que permita ao Brasil se preparar para quando sua população não for tão jovem como é hoje. Pesquisadores estimam que em 2020 a população brasileira se estabilizará em 240 milhões de habitantes.
19/09/2007
Agência Senado
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