Trechos da entrevista coletiva do governador Geraldo Alckmin após entrega de obras em Arujá
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Última Parte Repórter – Várias categorias estão pedindo reajuste, mas o Governo vai perder arrecadação com a crise energética. Como o senhor vai conciliar tudo isso? Alckmin – Esse é o esforço que está sendo feito, mas você tem de um lado limitações orçamentárias, a Lei de Responsabilidade Fiscal e o risco de queda de arrecadação. Só a energia elétrica responde por 8% do ICMS, 20% de economia já tira 1,6% do ICMS, fora o aumento de taxa de juros que pode repercutir na atividade econômica. Por isso que a gente tem de avaliar com absoluta responsabilidade. Repórter – Governador, o prefeito Jungi Abe (de Mogi das Cruzes) entregou um pedido para o senhor, qual seria a resposta? Alckmin – Eu não recebi ainda, quando receber vou responder. Repórter – Com relação ao CDP de Mogi das Cruzes, havia uma questão com o proprietário do terreno. Isso já foi resolvido? Alckmin – Ainda não. Resolvida a questão do terreno, nós fazemos o Centro de Detenção Provisória. Repórter – Em relação às medidas anunciadas pelo Governo Federal, incluindo aquelas verbas para poliesportivos, o Estado vai se servir dessas verbas já disponíveis? Alckmin – Vamos, sim. Nós também vamos pedir. Eu acho que esse é um dinheiro muito bem gasto. A melhor maneira da gente estimular saúde, trabalhar com a juventude, proporcionar mais lazer é através do esporte, que é educativo, ensina disciplina, é saúde, ensina a trabalhar em equipe, a saber perder e a saber ganhar. O esporte tem um grande significado, é um bom programa e São Paulo vai procurar se habilitar para receber os recursos. Repórter – Qual é a previsão de conclusão do Hospital de Mogi das Cruzes? Alckmin – No máximo em 15 ou 20 dias nós estaremos em Mogi para já lançar o edital. Como essa não é uma obra contratada, então será necessário concorrência pública. Mas os recursos já estão reservados e a obra vai ser feita. Repórter – Quando o Governo Federal fala em oferecer meio salário mínimo para todo agricultor do semi-árido que perdeu sua agricultura por conta da seca o senhor particularmente considera justa essa medida? Alckmin – Eu acho que ajudar quem perdeu a colheita, quem está numa região que não tem água, procurar fazer um atendimento, eu acho corretíssimo. O valor que é necessário precisa ser estudado e verificado. Essa é a função do Governo, é diminuir distâncias sociais e procurar agir com rapidez em situações de emergência. Essas alterações climáticas estão ocorrendo hoje com maior intensidade no mundo inteiro. O rio São Francisco está tendo a menor vazão dos últimos 70 anos. Então, são situações de emergência em que o Governo tem de agir. Repórter – Por falar em vazão de rio, aqui já está definido mesmo esse prazo de 15 dias para se estabelecer ou não o rodízio de água da região do sistema Cantareira? Alckmin – Em todos os outros sistemas não há risco de rodízio, não há risco de falta de água: o Alto-Tietê não tem nenhum problema, Guarapiranga não tem problema, Rio Grande não tem problema, quase todos estão sob controle. O único que demanda uma atenção especial é o sistema Cantareira, mas hoje não há nenhuma decisão e nenhum indicativo de que vai haver racionamento. Isso é monitorado dia-a-dia. Se chegar no momento em que acendeu a luz amarela, aí sim se estuda o racionamento. Hoje não. Repórter – Não existe aquele prazo então de 15 dias para se determinar? Alckmin – Não são 15 dias. Todo dia você vai monitorando o reservatório e verificando a segurança que você tem. Repórter – Governador, a Assembléia Legislativa votou o fim do voto secreto e vai fazer um trabalho junto às Câmaras Municipais. O senhor acha isso um fato positivo? Alckmin – Eu acho positivo porque o poder emana do povo, é o povo que tem o poder. O deputado, o vereador é representante do povo no sistema democrático representativo. Se ele é representante do povo, está votando em nome do povo e o seu eleitor quer saber como seu representante está votando. Acho que quanto mais houver transparência, quanto mais a população acompanhar, parti06/22/2001
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