Trechos da entrevista coletiva do governador Geraldo Alckmin após entrega de obras em Arujá



Parte 1

Parte 1 Repórter - Governador, essa visita... o senhor assume já a candidatura ao Governo do Estado? Alckmin - Não, essa é uma visita de trabalho. Uma vez por semana nós procuramos ter esse contato mais próximo com a população. Acho que é a maneira de a gente acertar mais e errar menos. Quanto mais perto dos municípios, da sociedade civil, de associações comunitárias, o Governo prioriza melhor e governa melhor. A pior coisa é governo de gabinete. Hoje estamos entregando uma obra importante, a rede de água de Arujá, e iniciando uma obra também relevante, que é o esgoto. Arujá, que chega agora a 100% de água tratada, só tem 25% de esgoto coletado e zero por cento de esgoto tratado, poluindo o rio Baquirivu e, conseqüentemente, o Tietê. Hoje entregamos uma grande obra. É enterrada, ninguém vê, mas é fundamental para a saúde das pessoas. Ela vai reduzir a mortalidade infantil em Arujá. São mais de 30 quilômetros de rede de esgoto, emissários de esgoto, estação elevatória e estação de tratamento de esgoto. Repórter - O senhor é candidato ao Governo do Estado? Alckmin - Não. Não sou candidato. Eleição é no ano que vem. Seria um erro matemático em 2001 discutir 2002, e um erro político. Agora é hora de trabalhar. Há muitos desafios a serem vencidos, muito trabalho a ser feito. Essa é nossa missão. Repórter - Governador, com a quantidade de hospitais que o senhor inaugurou e os que estão ainda em construção, quantos leitos foram criados? Alckmin - Hoje, nós temos no Estado de São Paulo cinco obras importantes: o hospital de Santo André, em obras; o de Bauru, no Interior; o de Vila Prudente e o de Sapopemba, na Capital; e o quinto vai ser ampliado em Mogi das Cruzes, aqui na região. Então, somando todos esses investimentos serão mais de mil leitos novos para a população. Repórter - Governador, o senhor fala em ampliação do hospital de Mogi das Cruzes mas, em contrapartida, tem uma greve em Ferraz de Vasconcelos. Já existe alguma negociação para apresentar aos sindicalistas? Como está esse processo? Alckmin - Olha, primeiro a greve é muito pequena, porque os funcionários têm muito bom senso. E a greve é totalmente absurda. Nós estamos em pleno processo de negociação, conversando e ouvindo as entidades, procurando atender. E o Governo vai atender dentro da sua possibilidade, dentro da limitação orçamentária. Estamos discutindo. Atende todos? Os inativos também? No ano passado foi dada uma gratificação só para os funcionários ativos. Os inativos ficaram fora. Vamos incluir os inativos e aí reduzimos um pouquinho o valor. Fazemos um aumento linear ou gradual? Tudo isso está sendo discutido. Não tem sentido, no meio dessa discussão, fazer greve. Isso prejudica quem? A população mais pobre. A população que precisa do SUS, precisa dos hospitais. É descabida a greve e já determinei falta para quem não trabalhar, e a falta será colocada no prontuário. Repórter - Governador, a PM está reclamando de falta de combustível e fazendo manifestações, assim como a Polícia Civil. Como o senhor pretende resolver e equacionar a situação das Polícias? Alckmin - As manifestações são normais, porque, exatamente como estamos estudando a possibilidade de um reajuste, é claro que as entidades se mobilizam. Essa época do ano é pródiga em manifestações, porque é o momento em que se estuda a possibilidade de algum reajuste. Mas não há nenhuma greve na Polícia e nem vai haver. Repórter - (inaudível)...isso é uma coisa que seu Governo começou a estudar com a Secretaria do Meio Ambiente. Como está essa tratativa com a Assembléia Legislativa? Alckmin - Em relação à questão ambiental eu sei que aqui em Arujá há um problema específico, mas é uma questão judicial. Quer dizer, se houver uma decisão jurídica em que o Governo possa ajudar para beneficiar a comunidade, o Governo vai estudar. Mas é uma questão judicial. Houve uma ação pública que teve decisão judicial. E decisão judicial se respeita. Se houver um caminho jurídico para buscar uma solução, nós vamos trabalhar. Repórter - Governador, existe a possibilidade de greve do Metrô na segunda-feira. Até domingo parece que eles ainda aguardam uma nova proposta. O Governo vai se manifestar novamente? Alckmin - Espero que não haja greve. Fizemos uma proposta que achávamos que eles aceitariam. É de 6% de reajuste e mais os benefícios, o que representa uma diferença muito pequena daquilo que eles estavam pedindo. Espero que isso se resolva. Se não se resolver, há um recurso no TST e ele vai definir. Repórter - É definitiva a proposta do Governo do Estado? Alckmin -

06/22/2001


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