TROCA DE TÍTULOS EXTERNOS FAVORECE O PAÍS, SEGUNDO RELATÓRIO DO BC
No que diz respeito ao alongamento do perfil da dívida, o relatório aponta para um "alívio de US$ 190,8 milhões nos próximos cinco anos". "A extensão da vida média da dívida, passou de quatro para sete anos", informou Fogaça.
A operação já foi autorizada anteriormente pelo Senado, de acordo com as normas da Resolução nº 69 de 1996, que "autoriza a União a realizar operações de recompra e de reestruturação dos títulos da dívida externa brasileira, contemplando a aquisição dos títulos, com deságio, no mercado secundário, a emissão de novos títulos para substituir os antigos ou outras modalidades de operações, com o objetivo de reduzir o estoque ou os encargos da dívida, alongar os prazos de pagamento ou ajustar o perfil do endividamento externo do setor público nacional".
O senador Roberto Saturnino (PSB-RJ) acredita ser difícil fazer um juízo sobre as vantagens da operação. Ele sugeriu que o Senado deveria fazer um exame mais detalhado para avaliar as vantagens da troca dos títulos Brady para a economia. "Assim, numa análise superficial, a vantagem não fica clara", afirmou Saturnino, ao destacar que, entre os títulos trocados, havia alguns cujo vencimento se daria em mais de dez anos, com taxa de juros de 6,5%. Enquanto isso, os novos títulos pagarão juros de 11,25% ao ano, observou.
Na mesma reunião, Fogaça também apresentou relatório acerca de informações prestadas pelo BC sobre a troca de títulos Brady e emissão de US$ 5,16 bilhões em títulos do tipo Global. O senador Roberto Requião (PMDB-PR) pediu vista do processo, o que adia a votação sobre o arquivamento da matéria para a próxima semana.
05/12/2000
Agência Senado
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