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Tropas federais ficarão o tempo necessário no Rio de Janeiro, diz Cardozo

O governador Sérgio Cabral anunciou nesta segunda-feira (24) que tropas militares ocuparão o Complexo da Maré, situada na Zona Norte do Rio de Janeiro. Segundo informações divulgadas pela Subsecretaria de Comunicação Social do Rio de Janeiro, a decisão foi tomada durante reunião com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC).

A solicitação foi feita ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que estava acompanhado do chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi. "É uma situação definitiva a presença do Estado na comunidade. As forças federais ficarão o tempo que for necessário", disse o ministro.

O encontrou foi realizado para determinar as ações das Forças Federais após os ataques a policiais e bases da Polícia Militar em comunidades pacificadas. A previsão do governo do estado é instalar uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no local no segundo semestre.

Cabral havia solicitado o apoio do governo federal em reunião realizada na sexta-feira (21), no Palácio do Planalto, em Brasília. Durante o encontro desta segunda-feira, ficou estipulado que a operação, denominada Garantia da Lei e da Ordem (GLO), fará a ocupação do Complexo da Maré, localizado entre as principais vias expressas do Rio de Janeiro.

“Solicitamos a GLO para o Complexo da Maré. A decisão está tomada. É um avanço na segurança pública, uma garantia no ir e vir, pois é uma área localizada entre as linhas Amarela e Vermelha, a Avenida Brasil e as futuras instalações da Transcarioca. A diferença para o que aconteceu no Complexo do Alemão é que essas comunidades não faziam parte das ações de pacificação em 2011. Agora é diferente, o Complexo da Maré está nas ações de pacificação para o segundo semestre deste ano: primeiro com as Forças Federais, depois com a Polícia Pacificadora”, afirmou o governador.

O ministro José Eduardo Cardozo explicou a atuação das Forças Federais e disse que a ocupação será mantida o tempo que for necessário. Informações estratégicas não serão divulgadas para não comprometer a ação.

“As Forças Armadas só podem exercer atividades de Segurança Pública, segundo a Constituição Federal, em dois momentos: em região de fronteira e quando for necessário a GLO. Neste caso, é preciso que haja solicitação do governo do estado e tenha autorização da Presidência da República”, explicou o ministro da Justiça.

As equipes do Comando Militar do Leste, juntamente com o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, e as polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal, se reuniram depois do encontro, para definir questões técnicas e os detalhes da operação, informou o governador Sérgio Cabral.

Fonte:
Portal Brasil com informações do Ministério da Justiça

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