Tuma: "A base da segurança pública é criminoso na cadeia e polícia respeitada nas ruas"



O senador Romeu Tuma (PFL-SP) lembrou nesta quinta-feira (18) que a chamada "legislação do pânico" é composta por iniciativas do Legislativo e do governo em resposta às execuções de juízes, promotores e diretores de presídio, que ocorrem há anos. Ele afirmou que "a base da segurança pública é criminoso na cadeia e polícia respeitada nas ruas" e que as medidas que estão sendo aprovadas pelo Congresso Nacional só valerão se os poderes Executivo e Judiciário não truncarem a sua eficácia através de vetos ou de benevolência judicial.

- Oxalá se produza algum resultado concreto, porque já existem projetos de lei no Congresso para tudo que se imagine em conseqüência daqueles atentados. Por exemplo, minha proposta para tipificar como crime a introdução de telefones celulares nos presídios está parada desde outubro do ano passado - reclamou.

Tuma também assinalou que outras propostas suas já aprovadas há anos pelo Senado "continuam adormecidas" na Câmara dos Deputados. O senador criticou a "enxurrada de regalias penais" e classificou-as como a maior fonte de impunidade e incentivo à criminalidade.

- As benesses permitem aos piores homicidas, por exemplo, aguardarem julgamento em liberdade, durante anos, mesmo quando inculpados por força de confissão apoiada em provas irrefutáveis. Ou até usarem as celas como escritórios de onde comandam a ação dos asseclas nas ruas - avaliou.



18/05/2006

Agência Senado


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