Tuma cita nomes de políticos que marcaram a história do Parlamento



O 1º secretário do Senado, Romeu Tuma (PFL-SP), destacou na sessão solene do Congresso em homenagem aos 180 anos do Parlamento brasileiro, realizada nesta quinta-feira (12), o papel da instituição na história do país. Ele citou ainda nomes de políticos que, em sua opinião, demonstraram intenso espírito patriótico e observou que sua iniciativa constituía uma -ousadia-, pelo fato de serem muitos os senadores que honraram a Casa.

O senador afirmou que a história do Senado se confundia com a história do país, lembrando os momentos de glória e de dificuldade por que passou o Legislativo. Ele reproduziu as palavras do historiador José Honório Rodrigues, segundo quem -a história do Parlamento é um dos capítulos de maior animação de toda a história do Brasil e tem que ser escrita com emoção, com sentimento, recriando o tesouro espiritual que o Parlamento legou à Nação-.

Tuma disse que os primeiros senadores do país foram, na verdade, os -criadores do país-, enumerando entre eles João Nabuco de Araújo, Visconde de Cairu, Marquês de Barbacena, Visconde de Caravelas, Francisco Lima e Silva e Feijó. Sobre este último, o senador notou o caráter polêmico e de fortes convicções, que chegou a renunciar ao mandato por falta de apoio para seu gabinete.

Ele citou ainda o desempenho, nos tempos da Regência e de grande revoltas populares, do duque de Caxias, que também era senador e foi fundamental para a tarefa de pacificação do país. -O Senado, durante o Império, foi fundamental para a manutenção da unidade nacional-, frisou Tuma.

A Abolição, observou o parlamentar, também foi obra do Legislativo, que teve como senadores atuantes José Bonifácio, Vergueiro e Eusébio de Queirós. Assim também, disse Tuma, aconteceu com os primeiros tempos republicanos, em que se destacou a figura de Rui Barbosa, apontado pelo senador como -homem de grandes e raras capacidades intelectuais e marco na história do Parlamento-. Dessa época, Tuma mencionou ainda Quintino Bocaiúva, Saldanha Marinho, Campos Sales, Prudente de Morais e Rodrigues Alves.

Ao longo da era Vargas, analisou Tuma, o Senado enfrentou dificuldades para exercer suas funções legislativas. Ele lembrou, porém, de alguns senadores que, ainda assim, conseguiram ser atuantes, como Luís Carlos Prestes, o -Cavaleiro da Esperança- e depois, na época do movimento militar, Alberto Pasqualini, Milton Campos, Juscelino Kubitschek, Otávio Mangabeira.

O senador falou sobre os tempos de redemocratização do país, listando os nomes de Auro de Moura Andrade, Daniel Krieger, Teotônio Vilela, Franco Montoro, Marcos Freire, Petrônio Portela e Nelson Carneiro, mentor da lei do divórcio e ainda, e destacadamente, de Tancredo Neves, que considerou como -um dos principais artífices da redemocratização-.

- Sabia que seria inevitável não citar muitos que mereceriam ser citados. Penitencio-me por isso. Por fim, evitei falar dos vivos, porque tenho firme convicção de que momentos como esse servem, sobretudo, para relembrarmos aqueles que, lamentavelmente, não se encontram mais entre nós - disse o senador.



12/06/2003

Agência Senado


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