TUMA DESTACA INAUGURAÇÃO DA ECLUSA DE JUPIÁ
O senador Romeu Tuma (PFL-SP) disse hoje (dia 17) que com a inauguração da Eclusa de Jupiá será ampliada a competitividade das empresas brasileiras no Mercosul, através do incremento no transporte fluvial representado pela Hidrovia Tietê-Paraná. "Desde a década de 80, essa hidrovia tem revolucionado o transporte de cargas em nosso Estado", comentou.
A nova eclusa ampliará a extensão da hidrovia. Ela passará dos atuais 1.100 km para 2.400 km. As mercadorias transportadas por essa via fluvial sairão de Conchas (situada a 200 km da capital paulista) e chegarão a Itaipu (PR). De lá, percorrerão 40 km por rodovia retomando o rio, logo em seguida, para chegar até a Argentina. De acordo com Tuma, os custos com transporte serão reduzidos pela metade.
Hoje, segundo cálculos do senador paulista, uma tonelada de mercadorias transportada de Campinas a Buenos Aires, por via marítima, custa US$ 120. Por rodovia, essa mesma carga sai por US$ 110. Por ferrovia, esse valor cai para US$ 85. "Mas pela Hidrovia Tietê-Paraná, para transpor a mesma quantidade, serão pagos apenas US$ 61", comparou Romeu Tuma, acrescentando que, saindo de Jaú (distante 3 mil quilômetros de Buenos Aires), o frete será de US$ 50.
Na sua opinião, a ampliação da abrangência da Tietê-Paraná, além de São Paulo e Paraná, também beneficiará diretamente Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul, estados produtores de grãos e que poderão utilizar o novo meio de transporte para ampliar suas exportações. Ao todo, serão atingidos pela hidrovia 220 municípios, entre eles, as 18 maiores cidades do Brasil. "Apenas no estado de São Paulo, abrangerá um quarto dos municípios, que representa 23% da arrecadação do ICMS", afirmou.
Frete - "Além das vantagens representadas pela redução do custo do frete à metade, será possível reduzir os gastos com combustíveis, pois cada comboio fluvial de 5 mil toneladas eqüivale a 145 carretas", explicou Tuma. No ano passado, foram transportadas 5,7 milhões de toneladas pela Hidrovia Tietê-Paraná e, em 1998, a expectativa é de acréscimo de mais um milhão de toneladas, o que representa um incremento de 17% em relação ao ano anterior. "Mas esse número ainda é pequeno diante da capacidade potencial,podendo chegar até a 35 milhões de toneladas anuais, meta a ser atingida entre 15 e 20 anos de operação", argumentou.
Tuma ressaltou que, com a hidrovia, a tendência é que seja ampliado o perfil dos itens transportados pelo rio, que atualmente são soja, farelo, grãos, calcário, fertilizantes e cana in natura. "Em pouco tempo, haverá muito mais oportunidades para o setor moageiro de grãos, lucrarão também os empresários dos setores de cimento, de papel e celulose, de fertilizantes, de ferro, de produtos cerâmicos e de madeiras", adiantou.
Durante seu pronunciamento, Romeu Tuma concedeu apartes aos senadores Ramez Tebet (PMDB-MS), Eduardo Suplicy (PT-SP) e Ney Suassuna (PMDB-PB) que manifestaram apoio ao seu pronunciamento. "A Hidrovia Paraná-Tietê é uma das obras mais importantes inauguradas no País", classificouTebet. Suplicy considerou o transporte hidroviário muito mais racional e elogiou os estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná por se esforçarem em desenvolver esse tipo de transporte. Ney Suassuna concordou: "O transporte através de hidrovias é a solução para a redução dos custos dos fretes."
17/03/1998
Agência Senado
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