Tuma enumera providências que tomou ante denúncias da revista Veja
Requerer à Polícia Federal a abertura imediata de um inquérito para apurar a denúncia. Solicitar à CPI dos Bingos a convocação do banqueiro Daniel Dantas. Enviar ofício ao delegado designado para comandar o inquérito oferecendo-se para depor a qualquer instante. Colocar à disposição o seu sigilo bancário. Essas foram as providências tomadas pelo senador Romeu Tuma (PFL-SP) após ter seu nome citado pela revista Veja como titular de uma conta bancária em paraíso fiscal.
Segundo o senador por São Paulo, ainda no final de semana ele procurou também o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e afirmou que não aceitaria nenhuma forma de adiamento da investigação. Romeu Tuma também revelou que já está contratando um advogado para acionar judicialmente a revista, que pertence à editora Abril.
- Sei que não preciso provar a minha inocência, eles são quem têm que provar que estão certos. Não tenho nada a temer, pelo contrário. Quero e exijo que a verdade apareça. Daniel Dantas já deu entrevista à Folha de São Paulo garantindo que não tem nada a ver com a lista. A Kroll também já desmentiu que tenha feito qualquer tipo de investigação sobre a suposta lista. Não sei onde está a mentira - afirmou Romeu Tuma.
Em sua edição desta semana, Veja informa que Daniel Dantas tem uma lista produzida por um ex-dirigente da agência internacional de espionagem Kroll, contendo vários nomes de supostos titulares de depósitos em paraísos fiscais. Além de Tuma, também constam na relação o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os ex-ministros José Dirceu, Antonio Palocci e Luiz Gushiken, o ministro Márcio Thomaz Bastos e o diretor da Polícia Federal, Paulo Lacerda.
Romeu Tuma comentou que pesquisou a respeito das pessoas citadas na reportagem e constatou que o ex-ministro argentino José Luis Manzano, que teria contratado hackers para invadir computadores e roubar as informações, é acusado de vários crimes sob investigação. Já Frank Holder, que teve uma empresa de investigação comprada pela Kroll, segundo o senador, como ex-integrante da CIA, é capaz de produzir calúnia e injúria quando é do seu interesse.16/05/2006
Agência Senado
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