Tuma prevê que ONU entrará firme na luta contra o crime organizado
Observador parlamentar designado pelo Senado para participar da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o senador Romeu Tuma (PFL-SP) afirmou que é praticamente impossível um país conseguir, isoladamente, fechar suas fronteiras para o tráfico de armas. Ele manifestou seu entendimento de que a ONU entrará com mais rigor na luta contra esse crime.
- Nossa expectativa é que a ONU vai entrar firme nessa luta. Nós vamos participar dessas discussões e temos a esperança de que se possa coibir, com todo o rigor, o tráfico de armas e de drogas, que é um problema que vem sendo discutido mais profundamente há alguns anos.
Como exemplo dessa dificuldade, Tuma disse que, há muitos anos, o Brasil tem com o Paraguai um acordo que obriga aquele país a comunicar às representações diplomáticas brasileiras a aquisição de qualquer arma, naquele território, por brasileiro, assim como o número do registro da arma e do passaporte do comprador. -Isso nunca foi feito-, ressaltou o senador.
Ele mencionou também a entrega no Brasil de armas fabricadas nos Estados Unidos, Rússia e outros países que não fazem um controle sobre essas vendas.
- Se não houver um acordo internacional que seja mais cumprido e mais exigido, e se não punir-se o país que deixar de cumpri-lo, sem dúvida nenhuma vamos ter um crime difícil de combater.
Na ONU, Tuma disse que está buscando resoluções e o máximo de informações sobre o tráfico de drogas e de armas. Ele informou que está sendo criada uma comissão especial de colaboração para evitar o tráfico de armas de pequeno porte - as armas que são facilmente transportadas, como os fuzis AR-15, pistolas automáticas e outras, comumente utilizadas pelo crime organizado no Brasil.
24/10/2003
Agência Senado
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