Tuma vai pedir ao Ministério das Comunicações documentação sobre JR Radiodifusão



O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), vai requisitar ao ministro da Comunicações, Hélio Costa, todos os documentos relativosà empresa JR Radiodifusão, que, segundo denúncia publicada pela revista Veja desta semana, seria de propriedade do presidente do Senado Renan Calheiros, mas estaria registrada em nome de laranjas. A denúncia serviu como base a nova representação contra o presidente do Senado, desta vez encaminhada pelo PSOL e pelo PSDB.

Em entrevista à imprensa nesta quinta-feira (9), Tuma - que ocupa, por ser corregedor, vaga no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado - afirmou que é preciso investigar também a origem do dinheiro utilizado para a compra da empresa, que atualmente, segundo a revista, estaria registrada em nome de Tito Uchôa, primo de Renan, e de Renan Calheiros Filho, prefeito de Murici e filho do presidente do Senado.

Segundo a revista, no ano passado, o Ministério das Comunicações concedeu à empresa JR a concessão de uma rádio FM para funcionar no interior de Alagoas, a Porto Real, cuja outorga foi aprovado pelo Congresso em abril deste ano. Ainda de acordo com a revista Veja, nessa época, a empresa já estava registrada em nome do filho e do primo de Renan, mas nos arquivos do Ministério das Comunicações, a empresa ainda constava como de propriedade de Carlos Ricardo Santa Ritta, funcionário do gabinete de Renan, e de José Carlos Pacheco Paes, representante do político João Lyra, que, ainda segundo a revista, seria sócio de Renan em duas rádios, incluindo a Porto Real, e em um jornal.

-Nos documentos que vieram do ministério (das Comunicações) para a análise da concessão pelo Senado, não tinha o nome da família de Renan. Precisamos analisar se houve essa troca de mudança societária posterior - afirmou Tuma, em entrevista à imprensa.



09/08/2007

Agência Senado


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