Última oportunidade de emendas à Previdência será na terça-feira



A última oportunidade para que os senadores apresentem emendas à reforma da Previdência será na terça-feira (11), dia em que também será feita a última discussão da matéria em Plenário.

Depois, a reforma voltará à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), para votação das emendas de Plenário. A seguir, ela estará pronta para enfrentar sua primeira votação de Plenário - são necessárias duas para sua aprovação, sempre com um mínimo de 49 votos dos 81 senadores.

A CCJ já marcou reunião para quarta-feira (12), às 9h30, quando o relator da reforma previdenciária, senador Tião Viana (PT-AC), deverá ler seu parecer sobre as emendas de Plenário. Na mesma reunião, os partidos de oposição pretendem pedir vista da reforma e o presidente da CCJ, senador Edison Lobão (PFL-MA), poderá conceder prazo de duas horas a alguns dias. O passo seguinte será a votação, na CCJ, das emendas de Plenário.Se depender dos partidos de oposição (PFL e PSDB), não será uma reunião tranqüila, porque seus senadores pretendem obstruir os trabalhos, em protesto pelo não atendimento de algumas de suas emendas. A obstrução busca levar os governistas à mesa de negociações.

- O governo sabe bem o que o PFL quer. Já adverti aos senadores petistas que não nos venham com PEC paralela na reforma da Previdência. Queremos inclusão dos destaques do partido no texto da reforma, senão será dente por dente, olho por olho - afirmou o líder do PFL, senador José Agripino (RN). PEC paralela é uma emenda constitucional que os governistas apresentaram, onde estão as poucas mudanças que o governo aceitou na reforma até agora.

Já o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), disse que o governo já cedeu o que podia na reforma da Previdência e, em último caso, sem acordo, governistas e oposicionistas irão para o voto no Plenário. No entanto, ponderou Mercadante, a negociação -é sempre o melhor caminho-. O senador Paulo Paim (PT-RS) tem lutado para que haja negociação em torno da Previdência, observando que nem governistas e nem oposicionistas têm com segurança os 49 votos mínimos para aprovar a reforma ou alguma emenda em Plenário.



07/11/2003

Agência Senado


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