Um dos países mais pobres do mundo, Guiné-Bissau busca retorno à normalidade depois de guerra civil
País de colonização portuguesa como o Brasil, a Guiné-Bissau ocupa no último relatório do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) o 173º lugar, de um total de 177 países pesquisados - estando, portanto, entre os países com pior qualidade de vida em todo o mundo. Atualmente, depois de séculos de colonização e de uma violenta guerra civil, a nação da costa ocidental africana busca apoio internacional para se reconstruir.
Entre os principais problemas de Guiné-Bissau está a carência de energia: não há eletricidade em boa parte do país e mesmo na capital Bissau poucos locais possuem iluminação à noite. O déficit energético dificulta a atividade produtiva e contribui para a extrema pobreza da população. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que 90% da população local vive com até US$ 2 por dia.
Outro problema grave da nação africana é o tráfico internacional de drogas, que passou a usar seu território como escala das rotas entre América do Sul e Europa. O país tem dificuldade para fiscalizar suas fronteiras terrestres e marítimas - na costa há dezenas de ilhas -, o que facilita a ação dos traficantes.
Desde o fim da guerra civil, em 1999, Guiné-Bissau vem tentando retornar à normalidade, apesar de eventuais instabilidades políticas. De acordo com informações do Itamaraty, o Brasil tem procurado contribuir por meio de cooperações técnicas firmadas com o país. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) financia projeto que prevê o envio de 12 professores brasileiros para lecionar numa universidade local. O governo brasileiro também destina bolsas a estudantes daquele país em universidades do Brasil. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está auxiliando o país a planejar o recenseamento de sua população e o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, com apoio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ajudou na realização dos três últimos pleitos em Guiné-Bissau.
14/05/2008
Agência Senado
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