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Unasul cria conselho para adotar medidas contra crise financeira mundial

Ministros de Economia e Finanças da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) decidiram, em Buenos Aires (Argentina), adotar medidas para tentar proteger o continente da crise econômica que atinge principalmente os Estados Unidos e os países da Europa.

Os integrantes da Unasul instituíram um conselho, presidido pelo ministro da Economia e Finanças Públicas da Argentina, Amado Boudou, com o objetivo de implementar um plano de ação no continente para, entre outras medidas, usar apenas moedas da região nas transações comerciais e proteger as reservas monetárias dos países que compõem o bloco.

O conselho também procurará implementar mecanismos para o financiamento do comércio, com especial atenção para as assimetrias entre os países-membros da Unasul.

Os países que aderiram ao acordo que cria um o Banco do Sul também devem acelerar a implementação da instituição e o fortalecimento da Corporação Andina de Fomento (CAF), cujo principal objetivo é promover a inclusão social, o desenvolvimento, e a integração do continente.

O ministro da Fazenda, Guido Mântega, participou do encontro. Ele se reuniu com ministros da Economia e Finanças da América do Sul para traçar estratégias comuns de enfrentamento à crise mundial. “Vamos conversar sobre consequências da crise nos países da América Latina e medidas que podemos tomar para nos fortalecer e impedir que sejamos contagiados”, disse Mantega a jornalistas..

Na avaliação do titular da Fazenda, a América Latina tem desempenho melhor que os Estados Unidos e países da Europa, que vêm enfrentando problemas de endividamento. “Queremos preservar isto, inclusive, estreitando as relações entre nós e aproveitando melhor nossos mercados e nossas relações comerciais”, declarou.

Unasul

O tratado constitutivo da Unasul entrou em vigor em 11 de março deste ano. Além do Brasil, ratificaram o acordo Argentina, Bolívia, Chile, Equador, Guiana, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. A Unasul tem como objetivo construir, de maneira participativa e consensual, espaço de articulação no âmbito cultural, social, econômico e político na região. 

Fonte:
Agência Brasil 
Ministério da Fazenda

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