União supera meta e economiza R$ 75 bilhões com superávit primário de 2013



O governo central, composto pelo Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, cumpriu a meta fiscal de 2013, com um superávit primário próximo de R$ 75 bilhões, anunciou nesta sexta-feira (3), o ministro da Fazenda, Guido Mantega. O dado ainda é preliminar, pois o balanço só será concluído no final de janeiro. "Fizemos um pouco a mais que 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em superávit no governo central", afirmou o ministro.

“Vamos chegar próximos à economia que o governo fez em relação a despesas. Um pouco a mais que 1,5% do PIB”, disse o ministro, durante entrevista coletiva no Ministério da Fazenda,em Brasília. Osuperávit primário é a economia de recursos que o governo faz para pagar os juros da dívida pública. A meta ajustada do Governo Central para 2013 era de R$ 73 bilhões.

Em novembro do ano passado, o superávit primário do setor público bateu recorde, impulsionado pelos parcelamentos das dívidas com a União por parte de bancos, seguradoras e multinacionais, além do pagamento de do bônus de assinatura do leilão do Campo de Libra, na área do pré-sal, no valor de R$ 15 bilhões.

 Arrecadação cresce mesmo com desonerações

Segundo o ministro, a arrecadação de dezembro tem pouco do Programa de Recuperação Fiscal, o Refis. “A arrecadação foi recorde, de R$ 116 bilhões”. Independentemente do Refis, a arrecadação continuou crescendo, porque reflete a melhora da atividade econômica, explicou. Ele lembrou que os brasileiros estão pagando menos impostos. “Seja no comércio, na compra de itens da cesta básica, os empresários. É uma combinação feliz, positiva para economia”, destacou.

A meta de superávit primário para todo o setor público em 2013, já considerando abatimentos de investimentos e desonerações, era de R$ 110,9 bilhões, ou 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB), que representa o conjunto de bens e serviços produzidos no País. Deste total, estava previsto que o governo federal entraria com R$ 73 bilhões. O restante, R$ 37,9 bilhões, ficou a cargo dos estados e municípios. O resultado dos estados e municípios será conhecido no fim do mês, disse o ministro. 

Em 2014, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) prevê que a meta do governo central é de R$ 116,1 bilhões ou 2,15% do PIB. Estados e municípios devem contribuir com R$ 51,2 bilhões (0,95% do PIB). A meta consolidada do setor público é de R$ 167,4 bilhões ou 3,1% do PIB. Mas Guido Mantega não confirmou qual será exatamente a meta para este ano. Segundo ele, no início de fevereiro, o governo vai definir quanto será contingenciado do orçamento. “Em relação ao superávit primário, vai ser definido em fevereiro”, disse. 

Para o ministro, o cumprimento desta meta não será difícil. “Nos meses de janeiro, fevereiro, março, haverá a continuação da trajetória [crescente] de arrecadação. Apesar das desonerações que fizemos em2013”, garantiu ele. 

Cenário econômico 

Mantega também disse que o cenário econômico é melhor que o que se pinta no mercado. “Terminamos o ano com o menor nível de desemprego. Os brasileiros que querem emprego estão encontrando [trabalho]. O País conta com um nível elevado de investimento. O crescimento do investimento foi de 6,5%” em relação a 2012, enfatizou. 

Com isso, “teremos investimento acima de 19% do Produto Interno Bruto”. E acrescentou que “2014 será melhor que 2013, as condições estão dadas para que isso aconteça”.

Fonte: Portal Brasil

 



03/01/2014 14:34


Artigos Relacionados


Superávit primário do governo central supera previsões e atinge R$ 77 bi em 2013

Superavit primário em 2013 é fixado em R$ 156 bilhões

Governo prevê cumprimento da meta de superavit primário

Congresso aprova redução da meta de superávit primário

COMISSÃO DE ORÇAMENTO APROVA META DE SUPERÁVIT PRIMÁRIO

Serys defende revisão na meta de superávit primário