Universidade apresenta projeto de Instituto Internacional de Segurança Alimentar
O projeto que sugere a criação do Instituto Internacional de Segurança Alimentar e Combate à Pobreza no Brasil foi apresentado no terceiro encontro anual da Clinton Global Initiative University (CGIU), em Miami, nos Estados Unidos, no último fim de semana.
A Universidade Federal de Viçosa (UFV), de Minas Gerais, instituição autora do projeto, foi a única entidade de ensino da América do Sul convidada a participar do fórum, que tem como objetivo engajar estudantes universitários para a cidadania global. Além da UFV, apenas foram convidadas para o evento outras 80 instituições de ensino.
O projeto foi um dos quatro que receberam destaque, dentre mais de mil projetos enviados por universidades de todo o mundo.
O convite da CGIU, instituição criada pelo ex-presidente americano Bill Clinton, surgiu depois da participação da UFV na Cúpula Mundial Sobre Segurança Alimentar, realizada no ano passado em Roma, Itália, sede da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
Combate à fome
De acordo com o reitor da UFV, Luiz Cláudio Costa, o objetivo da criação do instituto internacional na cidade de Viçosa, na Zona da Mata Mineira, é envolver cientistas e estudantes da universidade na análise aprofundada da fome e no apoio a países da África e América do Sul. O projeto prevê que o instituto atue desde o desenvolvimento de variedades vegetais apropriadas a cada região até a educação alimentar nas escolas.
“A fome é o problema mais sério que o mundo tem. No instituto, queremos formar estudantes cidadãos, que terão espaço para propor soluções para esse problema. Também atuaremos no treinamento de profissionais de países da África e da América do Sul. O foco tem que ser na cooperação, na solidariedade, e não apenas econômico. É importante formar nossos estudantes com essa visão”, afirmou.
Segundo o reitor, os laboratórios para desenvolvimento de tecnologias de ponta são os da própria UFV. No entanto, é preciso construir uma estrutura para abrigar os profissionais que virão de outros países receber treinamento, além de biblioteca e salas de reuniões para debates entre os grupos que ali atuarão.
Para isso, serão necessários cerca de R$ 6 milhões, dos quais a universidade já dispõe de R$ 1,5 milhão. Com o reconhecimento internacional, no entanto, ele acredita que as possibilidades de captação de recursos aumentarão.
“Recebemos o certificado de reconhecimento da Global Clinton Initiative, passando pelo crivo internacional, o que deu uma nova visibilidade para o projeto”, afirmou Costa. Segundo ele, a proposta de criação do instituto já tinha sido apresentada ao governo brasileiro e, a partir de agora, serão feitas prospecções para viabilizar o investimento estrangeiro.
Fonte:
Agência Brasil
04/08/2010 22:57
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