Valadares defende o aprimoramento dos organismos financeiros internacionais
Em pronunciamento nesta quarta-feira (26), o senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) defendeu mudanças nos organismos financeiros multilaterais, a exemplo do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, como forma de aperfeiçoar os mecanismos de controle e fiscalização do fluxo de capital em todo o mundo.
Valadares destacou que o FMI foi fundado ao final da 2ª Guerra Mundial para ser uma espécie de guardião da economia mundial. No entanto, segundo ele, o que mais chama a atenção nos dias de hoje é que o banco não chegou a prever a violenta crise internacional e criou determinadas condições que favoreceram a eclosão do colapso financeiro. O senador lembrou que a crise teve início no epicentro da economia do planeta, os Estados Unidos, e está contaminando todos os países.
- Praticante ativo do liberalismo econômico, o FMI no mínimo não monitorou os centros financeiros mundiais, com controle fino sobre os países que estão em queda e ameaçam arrastar todo o mundo - afirmou.
O senador avaliou que essa postura do FMI também contrasta com a atuação do banco diante dos problemas enfrentados até há pouco tempo pela economia de diversos países latino-americanos, a exemplo do Brasil.
- Na época em que estourava uma crise na nossa região, o FMI agia de forma diferente da atual, com mão de ferro no controle e no monitoramento de cada economia, com rédea curta, exigindo arrocho e ajustes de cada país. A pergunta que fica no ar é simples: por que esse organismo não agiu de igual maneira em relação às economias mais avançadas? Por que dois pesos e duas medidas? - indagou.
Auditor
Em seu discurso, Valadares também saudou a passagem do Dia do Auditor, comemorado anualmente em 20 de novembro. Na avaliação do senador, a atual crise financeira global resgata o papel e a importância desse profissional.
26/11/2008
Agência Senado
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