ARRUDA DIZ QUE ACORDO COM ORGANISMOS INTERNACIONAIS SIGNIFICARÁ O FIM DA CRISE



O líder do governo no Senado, José Roberto Arruda (PSDB-DF) afirmou nesta terça-feira (dia 8), em entrevista, que a aprovação do acordo do governo com os organismos internacionais, no valor de US$ 41,5 bilhões, significará o fim da crise brasileira. "Por isso, acredito que o Senado envidará esforços para que ele seja aprovado ainda essa semana. No minuto seguinte, o governo poderá sacar a primeira parcela no valor de US$ 5,3 bilhões", disse.Arruda revelou que seu parecer sobre o acordo do Brasil com o Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco de Compensações Internacionais (BIS) e outros organismos financeiros não modifica os termos em que foram negociados pelo governo. "O maior interesse do Senado deve ser a celeridade na aprovação, porque todos desejamos a normalização da situação financeira do país".Para Arruda, a assinatura do Acordo dará um sinal claro de normalidade aos mercados interno e externo. "Esses recursos significam a recomposição das reservas internacionais e a retomada dos fluxos de capitais e financiamentos. Essa normalidade abre caminho para a diminuição da taxa de risco da economia brasileira, possibilitando a queda gradativa da taxa de juros e a retomada do crescimento econômico", assegurou.Ao ser informado de que o líder da oposição, senador Eduardo Suplicy (PT-SP), pretendia pedir vista do processo, por considerar muito "exíguo" o tempo para analisar o acordo, Arruda garantiu que, depois da exposição do ministro da Fazenda, Pedro Malan, nesta terça-feira, na Comissão de Assuntos Econômicos, não haveria mais dúvidas a dirimir. "Não acredito que qualquer senador peça vista apenas como medida protelatória". Segundo Arruda, o acordo com o FMI prevê avaliação oficial dos indicadores econômicos do Brasil a cada trimestre. "Se houver exigência de números diários das reservas internacionais ou do fluxo de capitais, isso não é nenhum "bicho de sete cabeças". O mercado já divulga esses números, tendo em vista o caráter instantâneo das operações financeiras, no mundo de hoje", disse.

08/12/1998

Agência Senado


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