Valadares propõe engenharia política para aprovar reforma tributária



As dificuldades impostas pelos interesses conflitantes de estados e municípios não podem justificar a não aprovação da reforma tributária, avaliou nesta quinta-feira (27) o senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), durante debate com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci. O senador disse que deve haver uma -engenharia política- que refreie os impulsos dos que não querem alterar o sistema tributário brasileiro.

- A reforma tributaria é necessária para recompor o sistema e conformá-lo com o pensamento moderno de Estado. Um dos fatores que explica a má distribuição de renda no país é o papel do setor público, que na área fiscal é de concentrador de renda - afirmou o senador.

Valadares defendeu mudanças nos impostos indiretos, principalmente aqueles que incidem sobre o consumo, penalizando os mais pobres. Além disso, sustentou o senador, a elevada carga tributária brasileira é o principal fator de sonegação.

A reforma tributária é urgente, na avaliação do senador, dada a conjuntura econômica do país. -Temos uma herança desastrosa, que está sendo administrada com muita competência-, afirmou o senador, citando dados do desempenho da economia durante os anos do governo Fernando Henrique Cardoso.

- O governo tem que reencontrar o caminho do crescimento, gerando emprego e renda, e combatendo a fome. É bom que relembremos que, entre 1994 e 2002, a taxa de desemprego passou de 5,1 % para 7,6 % e o Produto Interno Bruto caiu de R$ 541 bilhões para R$ 467 bilhões - disse o senador.



27/03/2003

Agência Senado


Artigos Relacionados


Valadares pede esforço conjunto no Congresso para aprovar reforma política

Antônio Carlos Valadares defende convocação de Constituinte para aprovar a reforma política

Valadares propõe Assembléia Constituinte para tratar da reforma política

Raupp: Congresso está preparado para debater e aprovar reforma tributária

Sarney acredita em "acordo geral" para aprovar reforma tributária até final de outubro

Jarbas Vasconcelos diz que Câmara pode aprovar "enganação política", ao invés de reforma política