Valdir Raupp protesta contra fechamento dos bancos e defende bancários
- O transtorno é enorme, diário, e precisa ser encerrado - comentou. Em meio ao impasse na negociação entre banqueiros e bancários, Raupp tomou partido dos trabalhadores, afirmando que eles "estão corretos em defender a socialização do bilionário lucro que seus patrões estão auferindo".
- Vimos manifestar indignação a respeito do comportamento dos bancos que, em busca do lucro desenfreado, continuam penalizando os bolsos dos cidadãos, em total desrespeito às determinações oficiais que estão em vigor e que visam disciplinar as práticas monetárias e financeiras - acusou.
Segundo Raupp, a única preocupação do sistema financeiro nacional, nas últimas décadas, foi atuar na esfera especulativa.
- A rentabilidade dos bancos é da ordem de 23,5%, muito superior à das empresas não-financeiras, equivalente a 8% - comparou, apontando uma transferência contínua de renda do setor produtivo em favor dos bancos. Ainda de acordo com o parlamentar, a margem média de rentabilidade operacional alcançada pelas indústrias foi de apenas 2,3% ao ano entre 1996 e 2001.
Outro ganho atribuído por Raupp à atitude especulativa dos bancos foi o aumento da receita oriunda de tarifas bancárias, que passou de R$ 3,9 bilhões em 1994 para R$ 20,5 bilhões em 2002. Em contrapartida, essas instituições se viram punidas com a aplicação de multas decorrentes de sonegação de tributos, cujos valores teriam mais que triplicado na comparação entre janeiro e julho de 2003 e de 2002. O valor sonegado teria saltado de R$ 1,03 bilhão para R$ 3,6 bilhões.
05/10/2004
Agência Senado
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