Valmir Amaral elogia ministro por recriação do Instituto Nacional do Livro
O senador Valmir Amaral (PMDB-DF) elogiou o ministro da Cultura, Gilberto Gil, pela intenção anunciada de recriar o Instituto Nacional do Livro (INL), extinto no governo Collor. -A iniciativa, se levada a bom termo, permitirá a correção de um dos grandes equívocos cometidos contra a cultura do país. O Ministério da Cultura foi uma das maiores vítimas do desmonte do Estado brasileiro. E o INL foi mortalmente atingido pelo processo-, afirmou.
Valmir Amaral lembrou a história do INL, criado em 1937 por iniciativa do ministro Augusto Capanema, e disse que o órgão sempre viveu com escassez de recursos, -já que os tecnocratas que manejam os orçamentos jamais consideraram o livro como produto essencial-. Ele explicou que as competências do INL foram transferidas para a Fundação Biblioteca Nacional e passaram a ser exercidas pelo Departamento Nacional do Livro.
- Ora, a Biblioteca Nacional não consegue cumprir a contento nem mesmo sua tarefa básica de publicar a bibliografia brasileira, registro das obras que chegam ao acervo por meio de depósito legal. Não tem a vocação nem a estrutura administrativa, nem o peso político necessário para coordenar um sistema de bibliotecas públicas - frisou.
Para o senador, é uma confusão administrativa achar que essa tarefa cabe à Biblioteca Nacional, que é um centro de referência bibliográfica de guarda de acervo e de pesquisa. Segundo ele, essas funções não se confundem com a de um sistema de bibliotecas públicas, que, entende o senador, devem ser muito mais dinâmicas e terem interação com a comunidade, funcionando como centros de difusão de informação, cultura e lazer e não de preservação de acervos.
30/05/2003
Agência Senado
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