Valter Pereira explica porque deixou o Conselho de Ética



O senador Valter Pereira (PMDB-MS) afirmou da tribuna que deixou o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar para se dedicar à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), da qual é vice-presidente. O presidente da CCJ, senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), pediu licença médica.

- Não aceito a insinuação de ter traído quem quer que seja - afirmou, ao comentar publicações na imprensa segundo as quais seu pedido de desligamento do conselho seria uma traição ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que enfrenta um processo no conselho.

Valter Pereira disse que "veio em boa hora" a afirmação do senador Renan Calheiros, conforme notícia desta terça-feira (26) do Jornal do Brasil, sustentando que "não se sentiu traído por qualquer dos aliados cujos votos contava na última reunião do Conselho de Ética". O senador disse que em nenhum momento emitiu juízo no conselho contra ou a favor da representação do PSOL contra o presidente do Senado e só estará em condições de julgar, se for o caso, quando o processo terminar.

Para ele, a imprensa passou a entender que ele fazia parte do grupo de apoio de Renan Calheiros no conselho por causa de sua veemente interpelação ao advogado da jornalista Mônica Veloso, com a qual o senador teve uma filha. No entanto, ele ponderou que sua veemência se deveu à "desfaçatez" do advogado Pedro Calmon de admitir que defende clientes mediante assinatura de documento simulado. O senador lembrou que também é advogado e não aceita tal conduta.

- No momento em que este polêmico processo for encaminhado a este Plenário estarei aqui para discuti-lo e votá-lo. Até lá, terei à disposição todos os elementos de convicção e o meu juízo de valor devidamente consolidados. Não será a cegueira do passionalismo e nem a sedução do corporativismo que haverão de balizar o meu voto - acrescentou.

Em aparte, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) observou que o senador Renan Calheiros afirmou à imprensa que estariam querendo "assassinar sua honra". Para Suplicy, interessa aos senadores cumprir sua função "com responsabilidade, isenção e equilíbrio".

26/06/2007

Agência Senado


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