Valter Pereira recorda os três anos da morte de Tebet diz que o ex-senador faz falta ao Parlamento
"O desaparecimento de Tebet abriu uma lacuna política no Mato Grosso do Sul e no Senado: faz muita falta por o seu perfil conciliador, seu senso de oportunidade e a qualidade de saber colocar as palavras certas e pontuar a conduta adequada, no momento apropriado". Ao recordar o terceiro ano da morte do ex-senador Ramez Tebet, o senador Valter Pereira (PMDB-MS) opinou que as turbulências que o Senado vem enfrentando seriam mitigadas se a Casa contasse com um parlamentar de perfil parecido com o que Tebet tinha.
Valter Pereira traçou um perfil da vida política de Ramez Tebet, que depois de eleito prefeito de sua terra natal, Três Lagoas (MS), chegou a pleitear dentro do seu partido a oportunidade de disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. Em vez desse cargo, ele ocupou a chapa, como vice, do candidato a governador Wilson Martins. Substituiu o titular no governo quando Martins desincompatibilizou-se para concorrer a uma vaga no Senado.
- Apesar do curto espaço de tempo que lhe restava para governar, Ramez conseguiu deixar marcas de profunda operosidade, espalhando obras relevantes, especialmente na infraestrutura, por todas as regiões do Mato Grosso do Sul. Foi a oportunidade que ele precisava para mostrar que tinha asas mais largas e estava habilitado para vôos mais altos - afirmou Valter Pereira.
Ramez Tebet foi ainda o primeiro ministro de Estado nascido no Mato Grosso do Sul e o primeiro senador sul-mato-grossense a presidir o Congresso Nacional. Valter Pereira destacou que Tebet era um político de grandes habilidades, sobretudo quando se buscava o consenso. A prefeita de Três Lagoas, Simone Tebet, é sua filha e sucessora política.
Em aparte, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) recordou que Tebet assumiu a Presidência do Senado em um momento de crise vivido pelo PMDB e também pela instituição. Para isso, renunciou ao Ministério da Integração Nacional. Simon destacou que, com competência, Tebet solucionou os problemas e ajudou a Casa a seguir adiante. Já o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) falou do amor que Ramez Tebet sentia pelo seu estado, por Três Lagoas e também pelo país. Ele opinou que Valter Pereira tem honrado o mandato do companheiro ao qual substituiu.
Por sua vez, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) registrou que tem as melhores lembranças de Ramez Tebet, sobretudo no que diz respeito à sua honestidade, sinceridade, participação e simpatia. Na mesma linha, o senador Mão Santa (PSC-PI) observou que Tebet faz tanta falta como outras personalidades ilustres que passaram pelo PMDB: Ulisses Guimarães, Teotônio Vilela e Tancredo Neves.
17/11/2009
Agência Senado
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