Vanessa Grazziotin pede entendimento para encerrar greve de servidores da Receita
Em discurso nesta terça-feira(10), a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) clamou por entendimento entre o governo federal e os servidores públicos para que a greve dos auditores fiscais da Receita Federal do Brasil chegue ao fim. Ela informou que a capital Manaus está sofrendo com “problemas extremamente graves” em virtude dessa paralisação.
Conforme afirmou a senadora, diversas indústrias e fábricas estão com suas produções paradas em razão da greve dos auditores.
- Porque, se os auditores param, a Receita Federal para e não há verificação e não pode haver liberação dos insumos, que chegam a partir do aeroporto ou a partir dos portos que temos na cidade de Manaus – explicou.
Ela também voltou a pedir solução para a greve dos servidores das universidades públicas federais, parados há quase dois meses reivindicando reformulação do plano de cargos e salários.
- Renovo este apelo para que, assim como o Ministro da Educação, que já está buscando o fortalecimento no diálogo, também o Ministro da Fazenda nos ajude a resolver esse problema no Brasil inteiro. No Amazonas, a situação é caótica e, talvez, a solução para o nosso estado tenha de ser diferenciada, por ser mais emergencial do que a solução para outras regiões do Brasil – concluiu.
Em apartes, os senadores Eduardo Braga (PMDB-AM) e Wellington Dias (PT-PI) apoiaram o pronunciamento da colega. Embora reconhecendo a legitimidade da paralisação na Receita Federal, Braga acrescentou que oito mil trabalhadores estão sendo prejudicados em Manaus pela greve dos auditores federais. Wellington afirmou que o prejuízo aos estudos de milhares de estudantes em virtude da greve nas universidades também é grave.
Dom Eugênio
Vanessa Grazziotin também requereu voto de pesar pelo falecimento, na segunda-feira (9), aos 91 anos, de dom Eugênio de Araújo Sales, cardeal da Igreja Católica e arcebispo emérito do Rio de Janeiro.
Considerado conservador por alguns, observou a senadora, Sales chegou a ser apontado como “bispo vermelho” durante sua trajetória religiosa, em razão de ter fundado numerosas comunidades de base e sindicatos rurais durante a ditadura militar iniciada em 1964.
- Pública ou secretamente, ajudou milhares de perseguidos políticos do Brasil e de países vizinhos. E ajudou um número muito importante de jovens brasileiros e de países vizinhos, jovens que também tinham problemas com regimes de governos de exceção – disse.
A parlamentar também informou que o cardeal trabalhou junto à população carcerária, menores e moradores de comunidades carentes. Vanessa Grazziotin declarou seu “reconhecimento pelo trabalho do cardeal dom Eugênio de Araújo Sales” e afirmou que o legado do religioso “ficará, sem dúvida alguma, por gerações, gerações e gerações”.
10/07/2012
Agência Senado
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