VAZAMENTO DE PETRÓLEO LANÇOU 1,3 MILHÃO DE LITROS NA BAÍA DE GUANABARA



O vazamento de petróleo ocorrido em um duto da refinaria Duque de Caxias, em 17 de janeiro, lançou cerca de 1,3 milhão de litros de óleo na Baía de Guanabara. Poucos dias depois, os reflexos do incidente começaram a ser acompanhados pela Comissão de Infra-Estrutura. Uma subcomissão composta por cinco senadores - Geraldo Lessa (PSDB-AL), Gerson Camata (PMDB-ES), Mauro Miranda (PMDB-GO), Arlindo Porto (PTB-MG) e Geraldo Cândido (PT-RJ) - visitou a refinaria, praias e mangues atingidos pelo vazamento, além de sobrevoar as regiões afetadas pelo acidente.A Comissão de Infra-Estrutura ouviu o presidente da Petrobras, Henri Pilippe Reichstul sobre o incidente. Ele informou que a empresa já havia recolhido 471 mil, dos 1,3 milhão de litros de óleo derramados na Baía de Guanabara. Reichstul disse ainda que tomaria providências para o pagamento de indenizações aos pescadores e outros trabalhadores que dependem de atividades no mar e na orla marítima. Até que as águas estejam prontas para a pesca, afirmou, os trabalhadores receberiam o equivalente à sua renda média mensal.Durante o debate com o presidente da Petrobras na Comissão de Infra-Estrutura, representantes do Greenpeace distribuíram aos parlamentares nota acusando a empresa de "incompetência" no episódio de vazamento de petróleo. Roberto Kishinami, representante da organização ambientalista, chegou a questionar se a empresa havia recolhido cerca de 471 mil litros do total de 1,3 milhão de óleo vazados, observando que tradicionalmente só se consegue recuperar de 15% a 17%. O presidente da Petrobras e o representante do Greenpeace compareceram à comissão, presidida pela senadora Emilia Fernandes (PDT-RS), juntamente com o deputado Fernando Gabeira (representando o presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, Carlos Minc) e o presidente da Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente do Rio de Janeiro (Feema), Axel Grael.

16/05/2000

Agência Senado


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