Veja a íntegra da nota do senador
"O senador Joaquim Roriz rechaça com veemência as tentativas criminosas de confundir uma negociação normal, sem recursos públicos, entre pessoas físicas e jurídicas privadas, com investigações em curso na Polícia Civil e no Ministério Público do Distrito Federal.
Da mesma forma, o senador Joaquim Roriz condena o vazamento de escuta telefônica criminosamente encaminhada à mídia, obtida pela Polícia Civil e supervisionada pelo Ministério Público do Distrito Federal, em apuração, ressalte-se, iniciada em seu período de governo, isolada do contexto e evidentemente sem ligação com a investigação denominada "Operação Aquarela".
Em respeito ao Congresso Nacional, aos seus colegas senadores e também ao povo do Distrito Federal que o elegeu, o senador Joaquim Roriz faz questão de esclarecer, de forma que não reste mais nenhuma dúvida, as particularidades de diálogos gravados entre ele e o então presidente do BRB, sr. Tarcísio Franklin de Moura, no dia 13 de março de 2007, um ano após deixar o governo do Distrito Federal.
É bom ressaltar: o senador Joaquim Roriz agiu, apenas, na condição de amigo de longa data das pessoas citadas, e no interesse de uma negociação particular.
Seguem as explicações cabais, ancoradas em documentos que provam a lisura da negociação:
1.Contraiu empréstimo pessoal da quantia de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), no dia 12/03/2007, com o empresário Constantino de Oliveira, em razão de necessidade de realizar pagamento inadiável, em 14/03/2007. Com efeito, desse valor, R$ 271.320,00 (duzentos e setenta e um mil, trezentos e vinte reais) foram destinados ao pagamento à Associação de Ensino de Marília, por aquisição de um animal, conforme depósito bancário em conta corrente contra o Banco do Brasil S/A, agência 3852-0; o restante, R$ 28.680,00 (vinte e oito mil, seiscentos e oitenta reais) para socorrer seu amigo Benjamim Roriz, com problemas de saúde na família;
2.o detalhamento de seu diálogo com o ex-presidente do BRB - Banco de Brasília deu-se ante a necessidade de resgatar, em espécie, a pedido do beneficiário do cheque nº 850023-1, no valor de R$ 2.231.155,60 (dois milhões, duzentos e trinta e um mil, cento e cinqüenta e cinco reais e sessenta centavos), emitido pela Agrícola Xingu S/A, para viabilizar o empréstimo pleiteado no prazo, de forma a garantir um desconto de R$ 260.680,00 (duzentos e sessenta mil, seiscentos e oitenta reais), oferecido pelo vendedor da bezerra, condicionado ao pagamento até o dia 14/03/2007;
3.os documentos comprobatórios de todos os fatos relacionados com o
empréstimo, quais sejam: nota fiscal emitida pela Associação de Ensino de Marília Ltda, em 01/03/2007, nº 001377, devidamente autenticada pelos postos fiscais das Secretarias da Fazenda de Minas Gerais e Goiás, no dia 02/03/2007; cópia do cheque referido, no valor de R$ 2.231.155,60; cópia do recibo de depósito bancário em favor da Associação de Ensino de Marília Ltda., no valor de R$ 271.320,00; cópia do contrato de mútuo entre o senador Joaquim Roriz e o empresário Constantino de Oliveira; nota promissória como garantia do empréstimo, assinada pelo senador Joaquim Roriz; carta comprobatória de participação do senador Joaquim Roriz em leilão, com lance vencedor; e de concessão de desconto condicionada ao pagamento decorrente da aquisição do animal acima referido, até o dia 14/03/2007, estão à disposição dos órgãos de fiscalização, caso requisitados, para a devida comprovação e esclarecimento do teor da conversa telefônica divulgada a partir de seu vazamento ilegal;
4.por último, o senador Joaquim Roriz, ante a gravidade do fato, decorrente de ação criminosa - a entrega de gravação com o sigilo protegido por lei, totalmente dissociada da "Operação Aquarela" - afirma que adotará enérgicas medidas judiciais cabíveis para apuração da responsabilidade civil e criminal dos envolvidos no referido vazamento ilegal dos diálogos."
25/06/2007
Agência Senado
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