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Tião Viana disse que entregará o requerimento, assinado por 229 deputados e 30 senadores, ao presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros, quando este retornar de viagem internacional, na próxima segunda-feira (22), quando também começará a conferência das assinaturas. Viana explicou que compete a Renan decidir sobre o encaminhamento regimental que será dado à matéria.

- Há um processo de vigília ética dos deputados que apresentaram o pedido, há o interesse em defender a instituição Câmara dos Deputados e que, de certo modo, também atinge o Senado Federal. Portanto, merece uma resposta do Poder Legislativo. Nós temos que ter a coragem de enfrentar os denunciados culpados e de defender os denunciados inocentes - afirmou o senador.

Jungmann disse que o Congresso não pode fugir à sua obrigação de julgar, punir e, se possível, prender aqueles que desviaram recursos da saúde. Apesar da proximidade das eleições, o deputado acredita que este é um "ótimo momento para resistir".

- Esse é um ato [o requerimento de criação da CPMI] de resistência e de luta contra o descrédito. Se nós baixarmos os braços e não lutarmos, aí o estado do medo do Marcola [traficante Marcos Camacho, líder da organização criminosa Primeiro Comando da Capital] ou o estado da corrupção das "sanguessugas" vai triunfar. É verdade que os resultados que estão aí não nos animam, mas nós temos o dever, até o último dia do mandato, de lutar para que a verdade prevaleça - frisou.

O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) disse que nunca duvidou de que fosse possível fazer uma CPI com resultados práticos.

- Eu acho que nós podemos fazer uma CPI pouco retórica, mais técnica, mais voltada para esclarecer. E acho essencial que seja em ano de eleição, porque nós temos que explicar para o eleitor quem é quem - assinalou.

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