Violência ainda ameaça as mulheres



Senadora Patrícia Saboya (PSB-CE)

São inegáveis as conquistas obtidas pelas mulheres nas últimas décadas. Somos mais da metade da população brasileira e cerca de 40% da força de trabalho. O crescimento da presença feminina no mercado é um dos mais altos da América Latina: essa participação quase que dobrou entre 1970 e 1990 no Brasil. Hoje, quase 30% das famílias do nosso País são chefiadas por mulheres.

Ocupamos postos de destaque no comércio, na indústria, na agricultura, no serviço público e, é claro, também na política. Existe, porém, um espaço enorme para avanços. Apesar das conquistas no mundo do trabalho, é ainda elevado o número de mulheres que trabalham em condições precárias. Somos maioria nos subempregos e no setor informal da economia, especialmente na categoria de empregadas domésticas. As taxas de desemprego são maiores no universo feminino e a distância salarial entre homens e mulheres permanece, embora venha diminuindo nos últimos anos.

Um dos maiores desafios para nós, mulheres, continua sendo a violência. No Brasil, conforme estudo da Fundação Perseu Abramo, a cada 15 segundos uma mulher é espancada e a cada 12 segundos é vítima de ameaça. Dados das Nações Unidas mostram que o País deixa de aumentar em 10% o seu Produto Interno Bruto (PIB) em decorrência desse grave problema.



08/03/2007

Agência Senado


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