Virgílio concorda com afirmação de que governo Lula montou quadrilha
Ao ler trechos de matérias publicadas na edição da Veja desta semana, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) concordou com a opinião da revista de que o governo Luiz Inácio Lula da Silva montou um esquema que "envolve a maior quadrilha jamais montada com o objetivo de garantir a continuidade no poder de um mesmo grupo político, o PT de Lula".
- É triste para o país constatar que, em nome desse esquema, que os quadrilheiros julgavam indevassável, Lula, ainda agora, continue entoando em versos mal feitos o que ele julga ser proezas, todas pra lá de superlativas. Por enquanto, Lula continua nesse seu febeapá de fazer inveja a Stanislaw Ponte Preta. Por isso, a Veja recomenda que ele talvez devesse ler com cuidado o texto da denúncia do procurador-geral - afirmou Arthur Virgílio.
O senador pelo Amazonas também criticou declarações que Lula teria dado em seu programa semanal de rádio, Café com o Presidente, atribuindo ao Congresso Nacional a responsabilidade pela não aprovação, até o momento, do Orçamento de 2006. Virgílio informou que a peça orçamentária ainda não foi votada porque o governo federal "vem enganando" os governos estaduais descumprindo promessas de repasses de recursos da Lei Kandir e lesando alguns estados com a retirada de recursos para obras de interesse regional.
Arthur Virgílio defendeu que deputados e senadores rejeitem a medida provisória já editada que prevê a liberação de R$ 1,8 bilhão e uma outra MP ainda em fase estudo que autoriza o governo a gastar R$ 24 bilhões. Ele opinou que as duas MPs são inconstitucionais, já que antecipam a liberação de dinheiro de um orçamento que sequer foi aprovado ainda.
Em aparte, a senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) observou que o presidente Lula esquece de dizer à população que sequer executou o orçamento do ano passado aprovado pelo Congresso. Ela informou que menos de 0,9% dos recursos alocados para a habitação popular foram gastos. O mesmo teria ocorrido com as verbas destinadas ao saneamento básico: apenas 1,2% do dinheiro previsto foi gasto.
- O presidente Lula esqueceu de dizer que seleciona alguns deputados e senadores e libera suas emendas, tratando-os como medíocres mercadorias parlamentares. Ele escolhe os que se vendem, os que permitem que ele ponha uma etiqueta em suas testas dizendo qual seu preço e executa parcialmente o orçamento, conforme a conveniência do governo federal - disse Heloísa Helena.17/04/2006
Agência Senado
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